Por Sergio de Mello, publicado pelo Instituto Liberal
Olhando bem de longe, mas muito de longe mesmo, até dá para entender o paraíso terrestre que toda ideologia glorifica e todo o aparato da intelligentsia que a orquestra: um lindo arquétipo grupal igualitário, que busca a alma humana comum e a felicidade. De perto, com a lupa da sabedoria da história e dos valores humanos, no entanto, ela não significa nada além de um projeto de igualdade ou supremacia de grupo impositivo, comportamental e antidemocrático.
Falando mais precisamente sobre ideologia de gênero, que é fazer acreditar (isso mesmo, acreditar, sendo questão de fé e não ciência!) que ninguém nasce com sexo definido, esse totalitarismo chegou ao Estado por meio dos livros didáticos em escolas infantis, com base nos planos nacional, estaduais e municipais de educação, está nas portas dos banheiros, nas salas de aula, nos teatros, nas fichas de cadastro de alunos (“filiação 1”, filiação 2”, em vez de pai e mãe). Enfim, não há aceitação pela maioria e, ainda assim, a mão amiga emilitare do Estado determina que se aceite de uma forma geral e indiscriminada essa, por assim dizer, ideologia ou crença de indefinição sexual biológica.
Como diz o ditado, “cada um é cada um”, faz da sua vida o que quiser. Porém, quando a visão de cada um chega ao Estado aí já é o momento de pensar melhor, refletir e ficar com um pulga atrás da orelha mesmo. Ou melhor, é hora de repudiar quando se quer fazer dos direitos humanos e individuais uma tábula rasa, como se ninguém tivesse mais vontade própria e não soubesse o que é bom para si mesmo. Refiro-me, especificamente, às imposições escolares, com a intenção de transmitir aos filhos dos outros aquilo que acham que é o melhor para se viver. Faço referência aos professores que no dia-a-dia passam para alunos inocentes a ideologia de que eles não nasceram meninos ou meninas. Essa aparente demonstração de uma tal “social democracia” nada tem de democrático, já que defende a posição de alguns enquanto oprime e ignora uma grande maioria. Deve-se defender todos e não apenas alguns.
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Não há nada de errado em procurar erros e acertos dentro de uma cultura que se diz preconceituosa e desigual. Não há nada de incerto em investigar as mazelas sociais. O erro está em querer impor de cima para baixo normas de comportamentos e de visões de vida comum e totalitária. E não estou falando aqui em não deixar um gay ser gay, uma lésbica ser lésbica, absolutamente não. Como se diz, cada um faz da sua vida o que bem entender. Digo que o sentimento de proteção extrapola nível aceitável e chega ao legislativo, impondo normas comportamentais a todos. E, pior ainda, baseadas numa visão ideológica das coisas humanas, situação que se deve, acima de tudo, evitar para se poder impedir, posteriormente, um mal maior (cerceamento do pluralismo e das liberdades públicas).
Como bem deixou escrito o professor Olavo de Carvalho, no Mídia Sem Máscara, em artigo veiculado há dois dias, “Na esquerda brasileira já não existe, desde há muito tempo, pensamento individual. Tudo ali se decide em grupos, reuniões, debates internos em redes que formam o discurso ideológico destinado a criar e manter a hegemonia, o controle do movimento sobre o curso da vida social e política.”.
Não precisa ser cristão, religioso, conservador ou “de direita”, para se notar que tal ideologia de gênero não passa, de fato, de uma ideologia e, como tal, isenta de qualquer comprovação científica mais apurada de uma ordem de coisas certas e valorosas para o gênero humano. Quem entende de forma diversa para preservar o que há de mais sagrado para o gênero humano – a própria liberdade que a esquerda tanto zela para ela (não para os outros) – é tido como o fanático, o alienado, o insensível, o de “extrema direita”.
Será que estamos caminhando mesmo num futuro promissor e rumo à evolução e ao progresso, como querem fazer crer os entusiastas de ideologias? Será que podemos adotar a filosofia hegeliana de que a compreensão da humanidade e a sabedoria virão somente “ao anoitecer”, no decorrer do curso de história, num porvir? Será que o caminhar da humanidade é linear e não cíclico? Aliás, pensando em Hegel e nesta semana de nossa república, há que se duvidar muito de seus prodígios, já que ele considerou um “glorioso amanhecer” os acontecimentos anti-monárquicos quando da implantação da república no momento da Revolução Francesa.
Vídeo de 2013 reaparece na web e desmonta narrativa de Tais Araújo
A site da Caneta Desesquerdizada descobriu um vídeo de 2013 onde a atriz afirma que sua avó é austríaca, o pai é “bem brancão, cheio de sardas”.No vídeo, Tais diz que seu filho é “bicolor”, tanto que “preconceito nunca foi discutido” na casa dela.O site pergunta:”E agora Tais, mudamos de calçada com todo mundo?”.https://jornalivre.com/2017/11/19/video-de-2013-reaparece-na-web-e-desmonta-narrativa-de-tais-araujo/Assista: ASSISTA NA FONTE
Psicóloga sofre ameaça de morte por combater ideologia de gêneroPor odiarionacional
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26 de novembro de 2017
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A psicóloga Marisa Lobo foi convidada para fazer uma palestra na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.Parte da programação do “I Ciclo de Estudos sobre Corpo Humano, Filosofia e Sociedade: Reflexões sobre aborto, drogas e gênero”, a presença de Marisa acabou provocando a ira de ativistas LGBT. Pelas redes sociais, ela vem recebendo muitas ameaças, inclusive de morte. O caso, segundo a coordenação do evento, é levado à sério e já foram tomadas as medidas legais. As informações são do Notícias Gospel Prime.Programado para acontecer dia 7 de dezembro no Auditório das Aves no Centro de Biociências (CB), a palestra da psicóloga foi transferida para outro local. A Divisão de Segurança Patrimonial da Universidade afirmou em memorando que “poderá ter dificuldades para garantir a segurança na referida manifestação após vistoria técnica, que constatou a grande diversidade de acessos, que poderá gerar dificuldade em necessidade suplementar de controle”.Grupos de extrema esquerda também organizaram táticas de intimidação como coordenar desistências por parte de outros palestrantes.O organizador do evento, Bento Abreu, anunciou que o Conselho do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) comentou: “O que deveria ser um ciclo de palestras com proposta de debate pacifico se tornou uma situação extremamente delicada. As pessoas tentaram de toda forma fazer que o evento fosse cancelado. Estamos lutando contra centros, estudantes e professores que fogem do debate acadêmico”.Procurada pelo Gospel Prime, Marisa Lobo afirmou que “é lamentável que os que mais dizem defender a democracia, que dizem lutar contra a opressão e a ditadura de opinião, sejam os que mais perseguem o contraditório e, portanto, a democracia. É exatamente assim que o marxismo e a esquerda trabalha, ameaçando, desfilando ódio com ameaças de morte”.Mesmo assim, ela não irá cancelar sua palestra: “Não tenho medo, não vou desistir de ocupar este espaço que me foi dado por alunos e professores conservadores que estão lutando pela ciência, que estão cansados da esquizofrenia coletiva que está gerando está ditadura ideológica de gênero. Eles estão com medo do meu discurso? Sabe por quê? Porque é científico e não impositivo nem proselitismo”.A psicóloga diz que as ameaças são causadas por uma questão ideológica, não científica: “A ciência está ao meu lado, não podemos mais aceitar sermos pautados pelo que uma minoria de acadêmicos querem como sociedade. Direitos humanos é para todos, não uma bandeira ideológica das minorias contra as maiorias. Enfrentar a ideologia de gênero com ciência requer coragem e bom senso. Eu tenho os dois”.A matéria do Notícias Gospel Prime ainda lembra que “recentemente, na Universidade Federal da Bahia, militantes de esquerda fizeram protestos agressivos contra um evento de conservadores. Além de agressões, havia cartazes pedindo ‘morte aos cristãos'”.
Nurse Taiyesha Baker of Riley Children's Health in Indiana is under investigation for tweeting that every white male baby is "a detriment to society" that "should be sacrificed to the wolves."
"Every white woman raises a detriment to society when they raise a son. Someone with the HIGHEST propensity to be a terrorist, rapist, racist, killer, and domestic violence all star. Historically every son you had should be sacrificed to the wolves B***h," Baker said on Twitter.
Here's some more of her tweets:
Though her account was later deleted, Baker celebrated her new found fame after her tweet went viral:
Indiana University Health released this statement to PJ Media:
We are aware of several troubling posts on social media which appear to be from a recently hired IU Health employee. Our HR department continues to investigate the situation and the authenticity of the posts. During the investigation, that employee (who does not work at Riley Hospital for Children) will have no access to patient care.
"When asked which department Baker works in, the hospital declined to answer," PJ Media reported.
There needs to be a police investigation if anyone has died under Baker's care.
UPDATE:
Riley Children's Health's PR Team released a new statement on Facebook: "A recently hired IU Health employee tied to troubling posts on social media this weekend is no longer an employee of IU Health."
Mulheres são sempre bissexuais ou gays, ‘nunca hétero’, diz estudoVoluntárias sentiram-se igualmente atraídas por vídeos de homens e de mulheres nuas
POR O GLOBO 06/11/2015
Cena do filme ‘Azul é a cor mais quente’, em que as jovens personagens Adèle (esquerda) e Emma se apaixonam
Um novo estudo da Universidade de Essex, na Inglaterra, diz ter provado cientificamente que as mulheres são sempre bissexuais ou gays, mas “nunca heterossexuais”. Os pesquisadores, que recrutaram 345 voluntárias para o experimento, mostraram a elas trechos de vídeos de mulheres e homens nus, e recolheram os dados sobre suas respostas às cenas, incluindo, por exemplo, se suas pupilas se dilataram ao captarem o estímulo sexual.
As mulheres que se classificaram como heterossexuais se sentiram estimuladas tanto pelos vídeos de homens nus atraentes quanto pelas imagens de mulheres nuas atraentes.
No entanto, as lésbicas se mostraram muito mais atraídas pelas formas femininas.Os especialistas da Universidade de Essex constataram que as mulheres heterossexuais se sentiram atraídas por ambos os sexos, embora tivessem dito que se interessavam apenas por homens. Por outro lado, as lésbicas demonstraram respostas fortes às imagens de mulheres nuas e respostas quase nulas aos corpos masculinos.
Segundo os pesquisadores, as lésbicas se assemelham mais aos homens nessa característica, já que, assim como eles, costumam demonstrar respostas sexuais muito distintas para seu sexo favorito.
“Mesmo que a maioria das mulheres se identifique como heterossexual, nossa pesquisa demonstra claramente que, quando se trata do que as excita, elas são bissexuais ou gays, mas nunca heterossexuais”, disse o líder do estudo, o doutor Gerulf Rieger, do Departamento de Psicologia, ao jornal Daily Mail.
Marcus Valerio XR2 h · Íntegra da MAIS IMPORTANTE entrevista realizada este ano sobre a ação de Fundações Internacionais no Brasil, publicada no "Estado de São Paulo" em 22/11/17.
(Com adaptações.)Obs: Cesar Benjamin foi brilhante, trazendo informações preciosíssimas. E o toque final de hipocrisia de Átila Roque, diretor da Fundação Ford, fecha com chave de ouro!
RIO - O secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, Cesar Benjamin, causou grande polêmica nas redes sociais com expoentes do movimento negro por causa de um post que fez no Dia da Consciência Negra, na última segunda-feira, 20. Na publicação, o secretário citou uma palestra sobre o racismo no Brasil, proferida pela atriz Taís Araújo."Continuo detestando a racialização do Brasil, uma criação - eu vi - do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Nossa maior conquista - o conceito de povo brasileiro - desapareceu entre os bem-pensantes. Qualquer idiotice racial prospera. A última delas é uma linda e cheirosa atriz global dizer que as pessoas mudam de calçada quando enxergam o filho dela, que também deve ser lindo e cheiroso." E concluiu: "Quero que as raças se fodam."Em entrevista concedida ao Estado por e-mail, o secretário reafirma suas posições. "Dizer que os brasileiros mudam de calçada quando veem uma criança negra na rua é uma ofensa ao nosso País. Essa histeria tem que parar. Alguém tem que dizer que é mentira."Roberta Jansen: O senhor causou grande polêmica junto ao movimento negro por causa da sua última postagem. O senhor esperava toda essa repercussão?César Benjamin: Faço esse tipo de alerta sobre os perigos da racialização da nossa sociedade desde a década de 1990. Desde então sou patrulhado. O problema só se agravou. Hoje leio nos jornais, rotineiramente, expressões como "o escritor branco Fulano de Tal", "o cineasta negro Beltrano", "o professor Cicrano, branco". Naturalizamos a divisão racial dos brasileiros. Ninguém mais reage. Dizer que os brasileiros mudam de calçada quando veem uma criança negra na rua é uma ofensa ao nosso País. Essa histeria tem que parar. Alguém tem que dizer que é mentira.RJ: O que, exatamente, o senhor quis dizer quando afirmou que a "racialização do Brasil foi uma criação do Departamento de Estado dos Estados Unidos"?CB: Na década de 1990, amigos gaúchos pediram-me que os recebesse no Rio de Janeiro e os acompanhasse em uma reunião que teriam na sede da Fundação Ford, que ficava na Praia do Flamengo. Queriam verificar a possibilidade de obter algum financiamento para projetos de educação em áreas rurais. Fiquei chocado com o que vi. Os funcionários da fundação disseram abertamente que só financiariam projetos que destacassem a questão racial no Brasil. Exigiram que eles mudassem todo o projeto que levaram. Estabeleci ali uma conversa tensa sobre isso. Um deles disse, para todos ouvirmos: "Temos 15 milhões de dólares e vamos provar que o Brasil é racista." Entendi perfeitamente a mensagem.Pensemos num computador. Ele tem um hardware, que são seus componentes físicos, mas para funcionar precisa de um software, um programa que lhe dá as instruções sobre o que fazer. Uma sociedade também tem componentes físicos, que são a sua infraestrutura, e componentes ideológicos, que organizam o comportamento das pessoas. A Fundação Ford, que é um braço do Departamento de Estado, mirou no coração do nosso software, o conceito de povo brasileiro. Acertou em cheio. Se não há povo brasileiro, o Brasil não vale a pena. Isso é parte importante da grande crise civilizatória que se abateu sobre nós e nos paralisa.RJ: O senhor acha que o Brasil é um país racista? Ou o senhor acha que vivemos uma democracia racial?CB: Há racismo no Brasil, assim como há em praticamente todo o mundo. Nunca usei e não conheço quem tenha usado a expressão democracia racial. Mas, ao contrário do que ocorre em vários outros países, o sistema de valores que a sociedade brasileira escolheu não legitima o racismo. Isso é muito importante. Um sistema de valores não descreve fielmente o que existe, mas aponta os caminhos que desejamos seguir. Sinaliza uma trajetória desejada. Os americanos transformaram essa nossa grande virtude em hipocrisia. Adestraram uma geração de militantes que detesta o Brasil.RJ: Muitos argumentam que, em sua palestra, a atriz Taís Araújo, ao dizer que as pessoas mudam de calçada quando veem seu filho, estaria falando de forma simbólica, metafórica, sobre o racismo no Brasil. O senhor não viu desta forma?CB: Eu não vi a palestra da atriz, por quem tenho grande afeto. O que me chamou a atenção não foi a palestra em si. Foi a quantidade de gente que replicou essa barbaridade nas redes sociais de forma completamente acrítica, como se fosse verdade literal: os brasileiros atravessam a rua quando veem uma criança negra. Francamente...RJ: As estatísticas mostram que a discriminação racial é um fato no País. Os negros são os mais pobres, os que mais morrem, os que mais são vítimas da polícia, a maior parte da população carcerária. O senhor discorda disso?CB: Uma grande mentira só prospera se tiver alguma aderência à realidade. Há verdade em tudo o que você diz, embora essas estatísticas sejam, em geral, de péssima qualidade. Mas são verdades seletivas, que acabam servindo a uma grande mentira: o Brasil é o País mais racista do mundo... A maior parte da população negra foi escrava até quase o final do século 19, há poucas gerações, e nossa mobilidade social não tem sido suficientemente grande para alterar posições historicamente constituídas. É um problema gravíssimo. Dedico minha vida a lutar contra ele. Mas a racialização não nos ajuda em nada. Só traz mais um problema. Impede-nos de ter uma aproximação amorosa em relação ao nosso próprio país.RJ: O que o senhor quis dizer com "Quero que as raças se fodam"?CB: O conceito de raças humanas, além de cientificamente inepto, é pérfido, é do mal. Foi criado para justificar o colonialismo e desde então só separa, destrói, discrimina, justifica desastres humanitários de grandes proporções. Eu não quero que o Brasil seja um País de "escritores brancos ou negros" e "cineastas negros ou brancos". Quero que seja um País de escritores e cineastas.RJ: Como secretário de Educação, que tipo de ação o senhor tem tomado para evitar a discriminação nas escolas?CB: Pelo visto você foi capturada pela histeria racial, pois sua pergunta pressupõe que há discriminação em nossa rede, que você sequer conhece. Afinal, o Brasil é assim, não é? Lamento decepcioná-la, mas não conheço nenhum caso que possa confirmar isso. Nossa rede é um microcosmo do Brasil, profundamente miscigenada. Se aparecer racismo, ele será tratado como deve, como uma burrice e um crime. O racista é, antes de tudo, um burro. Achar, no século 21, que as pessoas devem ser julgadas pela cor da pele é o fim da picada.OUTRO LADOEm nota, o diretor da Fundação Ford no Brasil, Átila Roque, disse lamentar a “ignorância histórica” do secretário. Segundo ele, Benjamin tenta atribuir a uma "entidade privada independente e sem fins lucrativos, a responsabilidade pela promoção da luta contra o racismo no País, desconhecendo toda a trajetória de resistência dos negros e negras brasileiros que antecedem em muito a própria existência da fundação". Destacou ainda que a Fundação Ford tem o compromisso de apoiar projetos que reduzam as desigualdades.
Da quebrada ao palcoPassei um dia com a Linn da Quebrada e foi isso que eu aprendi sobre resistência artística.publicado 29 de Novembro de 2017, 6:49 p.m. AbsolutBrasil
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[url=javascript:;]More[/url]“Bicha estranha, louca, preta, da favela” a primeira linha de uma das principais músicas da Linn da Quebrada já dá uma ideia de qual é a sua luta. Linn vive uma construção contínua. Para ela, o verbo não é ser e sim estar. Está nesse momento como cantora e artista.Sua música e arte são sobre ser negra e transexual no país que mais mata pessoas trans no mundo e nas quebradas onde negros morrem em números de guerra. Segundo ela, a violência não é só física. Você pode não puxar o gatilho, mas com palavras, insultos e gestos também agride. E por isso, a própria existência de Linn é puramente resistência.[img]data:image/png;base64,iVBORw0KGgoAAAANSUhEUgAAAFQAAAA7CAMAAADSF118AAAAP1BMVEUAAADIGxPOHBK5EwDFGhi5Fwi8GRTEGhe7EQDMHR7////vyMfddnm5Hx334+Py8fHdj5DLVVXnq6zJOTzVbG1s8SkwAAAACXRSTlMAv4Eo10JnqA8IHfydAAABJUlEQVRYw93Y64rCMBCG4czk5FSzdav3f63bDaxfV4Qm+AXR96/wMNj0kLhtPib9LcutYA8K+F1rKXqH4KmIPZVIOvwnszEqumFjMVLB3+YsRiv8zRqMWHa1ZNQiBuUV3Jo3cn5FlY3qimY2KitajB3+UmLRxRGovgmqTj4HXc69aN5Hj9PcyYqzfXSavk58tJMNTWgv24pW9kpE0fGbioKlomCZKNgLEUXLhYiiMx+dT+xJ8SxgoCDZ6EJcp7jsPBQLlIbiVmpEwy7aS1poeZ30PvqlAQVJRGeQtLfp1dBLPyb0bdDER+OYL2nHR7E34yUjtjw6ZMc3am/KXlSpoodCHrQWiWbxI85Q6Kc9pneHSCmHJ0VJGPPuAC3LWqO/OURL0aEfg76m8Izrt6EAAAAASUVORK5CYII=[/img]youtube.com“A luta começou quando eu descobri que meu corpo era proibido pra mim mesma.”A música acima conta a história de como ela se descobriu Linn da Quebrada. Desde seu passado religioso como testemunha de Jeová, até ser expulsa e desassociada da igreja, ou seja, proibida de falar com as pessoas que frequentavam a igreja e que mantêm a prática da religião. Tudo isso por ousar ser quem é e ser dona do próprio corpo.
Daniel AvilaIndo até sua casa na Zona Leste de São Paulo, uma coisa não saía da minha cabeça: “QUEM EU PENSO QUE SOU PARA FALAR QUEM É LINN DA QUEBRADA?" Justo eu, um homem, hétero, branco, cisgênero que quando peguei esse trabalho para produzir sabia que seria um verdadeiro choque de realidade. Eu simbolizo toda a perseguição e perigo que uma pessoa trans vive. Por isso, Linn sobre Linn: “Eu sou um experimento, todo mundo tem uma ideia preconcebida do que é se relacionar, o que é amor e por isso estamos na briga pelo imaginário social, mostrando que esses corpos existem e que temos liberdade de viver nossas próprias escolhas”. Em sua casa Linn me explica, “Eu não canto pra ser cantora, eu canto pra ser ouvida.”De sua casa, saímos em direção a um show que Linn faria no centro de São Paulo onde apresentaria seu novo clipe feito em collab com ABSOLUT e As Bahias e a Cozinha Mineira. Conversando sobre esse momento, Linn contou qual foi seu primeiro passo no mundo da música: “Eu nunca pretendi trabalhar com música. A música acabou acontecendo na minha vida. Eu escrevia bastante e comecei a pensar em música pelo FUNK. Pelo que o FUNK representava. Essa coisa de criar desejo, produzir uma vontade dentro de você. Assim como músicas de amor que criam essa vontade e dizem como você deve amar. Começou com uma brincadeira pensando nas músicas que EU gostaria de ouvir. Sem necessariamente apontar a música para os outros. Apontando também pra mim mesma, sobre meus próprios desejos. E aí eu comecei a descobrir quantas pessoas também se sentiam assim também. De novo, um experimento.”
Daniel AvilaDurante todo nosso trajeto, um tema constante nesse papo foi o conceito de experimento social questionando a nossa ideia de NORMAL. A construção social que todos vivemos. Não apenas sobre gostos, mas também sobre corpos e representações. “Os sentimentos são construções sociais. Essas músicas dizem como temos que amar." Linn fala sobre All you need is love - The Beatles, "Essa é uma construção social que está muito mais próxima de uns corpos do que de outros. E se eu for falar dos meus afetos, da forma como EU AMO, vai ser representado por uma forma diferente. E é isso que eu falo com representatividade. Eu não posso falar por todas essas pessoas da caixinha do LGBTQ. Essas pessoas não vivem o amor da mesma forma. Elas nem fodem da mesma forma.”“A minha existência é natural. Eu sinto ela. Ela foi DESNATURALIZADA por anos e anos de construção social.”Como transexual, Linn é constantemente bombardeada e questionada sobre sua própria feminilidade e passabilidade. “A mulher (em nossa sociedade) é uma criação voltada para o masculino, para o homem. Então ela não tem o direito de escolher o próprio corpo porque o que se espera dela é que ela exista para o homem. Se uma mulher cultiva qualidades viris, isso já não é natural a ela. Se ela é forte, não é natural.” Aliás, como transexual, Linn é constantemente bombardeada de todo lado. “Travesti não tem medo. Se eu tiver medo eu não saio de casa.”
Daniel AvilaSegundo um levantamento do Grupo Gay da Bahia, a expectativa de vida de travestis e transexuais no Brasil é de 35 anos, menos da metade da média nacional que é 75 anos. “É permitida a violência contra uma travesti. É permitido a violência contra um morador de rua. Nós não nos comovemos quando vemos esse tipo de violência acontecendo com esses corpos.” E isso se reflete no mundo da arte também. Num espaço onde gays também já estão conquistando um lugar de destaque, a música de Linn é agressiva porque é uma resposta. “As pessoas nos matam quando não querem que nossa arte esteja nos museus, que nossa música não tenha alcance, que nossos corpos não existam.""Eu tenho que deixar de ser eu para que OS OUTROS se sintam confortáveis.”
Daniel AvilaO evento que Linn se apresentou naquela mesma noite foi a festa de celebração do projeto Absolut Art Resistance. Desde 1980 a marca apoia artistas marginalizados pela sociedade (começando com ninguém menos que Andy Warhol). Os temas variaram muito nos últimos anos, partindo de questionamentos sobre racismo,direitos das mulheres e até a própria discussão do que é arte -- um debate mais vivo do que nunca na sociedade brasileira. Keith Haring, um dos principais artistas modernos no mundo, sofria preconceito por ser HIV positivo e usou sua arte para falar também das formas de prevenção, criando até uma fundação. Até hoje seus desenhos coloridos simbolizam a quebra de preconceitos.A versão 2017 desse projeto não poderia ter outra causa como foco. A música do clipe protagonizado por Linn possui uma letra que exige reflexão. Versos como “Estou procurando / Estou tentando entender / O que é que tem em mim que tanto incomoda você?” e “Olha aqui doutor que genial / Minha identidade? Nada a ver com genital” são um apanhado de outras letras de outras músicas de Linn, escolhidas a dedo para protagonizarem a campanha. A música foi produzida especialmente para o projeto e conta com os vocais trans da banda paulistana “As Bahias e a Cozinha Mineira”. Além do clipe e da festa de lançamento, a marca também deu um presente para a cidade de São Paulo. Assinada por Patrick Rigon e Renan Santos, a obra é um marco sobre resistência da cultura trans, com frases, rostos e até uma menção ao projeto do artista Ariel Nobre “Preciso dizer que te amo”.Instagram: @patrickrigon
Daniel AvilaDurante todo o evento, o clima era de festa e celebração total. “ESTAMOS VIVAS E ESSE MOMENTO É NOSSO” falava Linn em cima do palco. Da plateia, eu pude entender algo que ela me disse enquanto conversávamos de tarde: “Linn da Quebrada não sou apenas eu, é também minha banda e quem mais estiver comigo ali em cima.” Eu fiquei totalmente rendido durante sua apresentação, com mil questionamentos e muito maravilhado por tudo o que aprendi e conversei com ela. Eu realmente nunca conseguiria entender como é ser um ato político por simplesmente sair de casa. Nem como é ter que brigar pelo direito de ser dono do meu próprio corpo. Mas por uma tarde eu convivi, ouvi e aprendi com isso.
Daniel AvilaLinn me fez perceber que a arte e o artista são ferramentas realmente muito poderosas. Fazem com que as pessoas se sensibilizem com causas e entendam, lutas, resistências e situações que não são parte da vida delas. O importante é tentar fazer com que sejam. E isto é progresso.Com vocês, ABSOLUTAS.[img]data:image/png;base64,iVBORw0KGgoAAAANSUhEUgAAAFQAAAA7CAMAAADSF118AAAAP1BMVEUAAADIGxPOHBK5EwDFGhi5Fwi8GRTEGhe7EQDMHR7////vyMfddnm5Hx334+Py8fHdj5DLVVXnq6zJOTzVbG1s8SkwAAAACXRSTlMAv4Eo10JnqA8IHfydAAABJUlEQVRYw93Y64rCMBCG4czk5FSzdav3f63bDaxfV4Qm+AXR96/wMNj0kLhtPib9LcutYA8K+F1rKXqH4KmIPZVIOvwnszEqumFjMVLB3+YsRiv8zRqMWHa1ZNQiBuUV3Jo3cn5FlY3qimY2KitajB3+UmLRxRGovgmqTj4HXc69aN5Hj9PcyYqzfXSavk58tJMNTWgv24pW9kpE0fGbioKlomCZKNgLEUXLhYiiMx+dT+xJ8SxgoCDZ6EJcp7jsPBQLlIbiVmpEwy7aS1poeZ30PvqlAQVJRGeQtLfp1dBLPyb0bdDER+OYL2nHR7E34yUjtjw6ZMc3am/KXlSpoodCHrQWiWbxI85Q6Kc9pneHSCmHJ0VJGPPuAC3LWqO/OURL0aEfg76m8Izrt6EAAAAASUVORK5CYII=[/img]youtube.com
Atriz pornô é encontrada morta após ser falsamente acusada de homofobia; suspeita é de suicídio
Nos Estados Unidos, cidade de Camarillo localizada no estado da California, uma atriz pornô foi encontrada morta a após ser atacada por justiceiros sociais pela internet.
Segundo a polícia, os indícios são de que houve um suicídio. August, a atriz, vinha sofrendo bullying virtual durante dias por uma declaração que fez em seu Twitter. Ela sofria de depressão e, pelo que parece, não suportou o linchamento.
Ela disse que a “maioria das garotas não gravam com homens que tenham feito filme pornô, por segurança”. Também declarou: “Eu não coloco meu corpo em risco. Eu não sei o que eles fazem em suas vidas privadas”. Foi o suficiente pra ser acusada de homofobia.
Seu último post antes de ser encontrada morta foi: “f***-se vocês todos”.
Buzzfeed fiscaliza a cor da pele de quem denuncia o racismoO Buzzfeed Brasil publicou hoje uma “reportagem” (desde quando copiar e colar a opinião de anônimos nas redes sociais é sinônimo de reportagem?) comparando a reação dos brasileiros nos casos de racismo reportados por Taís Araújo e Bruno Gagliasso. A conclusão: Bruno levou vantagem midiática sobre Taís por ser… branco.
Quem leva adiante esse tipo de análise desrespeita Bruno Gagliasso, Taís Araújo e, principalmente, a pequena Titi, filha do ator global, que foi atacada publicamente pela socialite Day McCarthy.
Os millennials querem combater o racismo analisando a cor da pele das vítimas de racismo. É a linguiça mordendo o cachorro em conexão ultrarrápida.
Movimentos negros repetem lógica do racismo científico, diz antropólogo Joca Duarte/Photopress
Manifestantes na Marcha da Consciência Negra no último dia 20 de novembro ANTONIO RISÉRIO
16/12/2017 06h00Compartilhar10 mil
[url=javascript:;]Mais opções[/url] RESUMO No dia 20 de novembro, na avenida Paulista, manifestantes negros carregaram faixa com os dizeres 'miscigenação é genocídio'. Para antropólogo, trata-se de retorno a noções racistas anacrônicas (utilizadas pelos brancos no século 19) e pregação explícita em favor de um apartheid amoroso-sexual no Brasil.*O mulato Abdias do Nascimento —que caminhou do fascismo integralista para o racialismo "made in USA"— era um homem preconceituoso. Basta ver a estranha seletividade com que, apesar de sua filiação à mestiçagem tristetropical brasileira, ele usa a própria palavra "mulato".Quando quer fazer o elogio de algum mestiço de branco e preto, Abdias chama-o "negro". Mas, quando quer execrar o sujeito, trata-o como "mulato" (muito embora, em seu discurso geral, faça de conta que o mulato não existe).Assim, nos seus textos e palestras, o mulato Luiz Gama, filho de branco baiano de origem portuguesa e da preta Luiza Mahin, era "negro". Já o mulato capitão-do-mato ou feitor, não: era "mulato" mesmo.Pois bem. Descende diretamente do velho guru Abdias do Nascimento (1914-2011) o slogan racialista exibido em manifestação na avenida Paulista, no dia 20 de novembro, pelos ativistas dos movimentos negros: "Miscigenação também é genocídio" —pregação explícita em favor da implantação de um apartheid amoroso-sexual no país.Diante da afirmação slogamática, aliás, ficam menores outros debates, como os estéticos, quando, depois que conseguimos atirar fora a praga do "realismo socialista", querem nos aprisionar no cárcere do "realismo racialista". E um filme como "Vazante" (Daniela Thomas) acabou pagando o pato recentemente, nesse "revival" rácico-stalinista.Agora, com o combate à miscigenação à frente, o lance é mais grave: passa-se do "lugar de fala" ao "lugar de cama".Marcha da Consciência Negra na Avenida Paulista4 de 13
Zanone Fraissat/Folhapress
[url=javascript:void(0)]Anterior[/url][url=javascript:void(0)]Próxima[/url]
[url=javascript:void(0)]Anterior[/url][url=javascript:void(0)]Próxima[/url]Mas vamos puxar o fio da meada. Em "O Genocídio do Negro Brasileiro" (1978), bíblia do nosso racialismo essencialmente colonizado, um Abdias confuso e sectário monta duas sequências. Numa, encadeia mestiçagem, branqueamento e alienação da identidade negra. Noutra, amarra miscigenação, branqueamento e aniquilação da raça negra.Neste segundo caso, Abdias vê a mestiçagem/miscigenação como estratégia de extermínio da população negra: "(...) o mulato prestou serviços importantes à classe dominante; durante a escravidão ele foi capitão-do-mato, feitor (...). Nele se concentraram as esperanças de conjurar a 'ameaça racial' representada pelos africanos. E estabelecendo o tipo mulato como o primeiro degrau na escada da branquificação sistemática do povo brasileiro, ele é o marco que assinala o início da liquidação da raça negra no Brasil".E ainda, como se nunca tivesse se olhado no espelho: "O processo de miscigenação, fundamentado na exploração sexual da negra, foi erguido como um fenômeno de puro e simples genocídio. (...) Com o crescimento da população mulata, a raça negra iria desaparecendo sob a coação do progressivo clareamento da população do país".ANACRONISMOComo argumentei em "A Utopia Brasileira e os Movimentos Negros" (2007), é uma visão unilateral e anacrônica, para dizer o mínimo. Tanto do ponto de vista histórico, quanto do genético. Por várias razões. Afinal, quem quer que conheça a história de nosso passado escravista sabe que mulatos não foram somente capitães-do-mato ou feitores.Muito pelo contrário: participaram de rebeliões contra a elite senhorial branca, criaram (e viveram em) quilombos e, entre outras coisas, formaram a liderança da Revolução dos Alfaiates (1798), centrada na luta contra a escravidão e o colonialismo —liderança que foi presa e enforcada em praça pública.Além disso, não só a miscigenação não é —nem pode ser— um processo unilateralmente embranquecedor, como tal projeto de branquear a população foi coisa datada e exclusiva da classe dirigente —e nossa vida social e cultural aconteceu, em sua maior medida, à revelia do Estado e dessa classe.Por fim, é mais do que anacrônica a suposição de Abdias que sustenta o feminismo negro. A mestiçagem, hoje em dia, não pode mais ser vista como violência contra a mulher negra.Primeiro, porque temos uniões de homens pretos com mulheres brancas. Segundo, porque a união ou o casamento de um homem branco com uma mulher preta não se dá mais sem seu assentimento, cumplicidade ou mesmo iniciativa. Melhor não falsear a realidade com discursos "historicistas".Mas é impressionante, paradoxal mesmo, ver como a atual ideologia racialista, que se alastrou pelo país a partir principalmente do ambiente acadêmico, repete ao pé da letra a velha miragem do "racismo científico" do século 19, que acreditava na fantasia de uma desigualdade essencial e insuperável entre as raças. Naquela época, os teóricos do "racismo científico" defenderam a tese totalmente sem pé nem cabeça (que agora vemos retomada) de que era possível branquear a população brasileira através da imigração e da miscigenação, já que neste processo prevaleceriam sempre os genes da "raça superior" —a branca, naturalmente.Em "Sur les Métis au Brésil" (sobre os mestiços do Brasil), texto apresentado em 1911 no primeiro Congresso Internacional das Raças, realizado em Londres, o antropólogo Batista de Lacerda, do Museu Nacional, chegou até a fazer suas contas na ponta do lápis. Segundo ele, o branqueamento do povo brasileiro estaria concluído na segunda década do século 21.E sempre que recordo isso, lembro também uma deliciosa boutade do mestiço brasileiro Chico Buarque de Hollanda, falando da obrigação em que estávamos de promover o casamento do goleiro Taffarel e da apresentadora Xuxa, a fim de tentar evitar a extinção da raça branca no Brasil.ATAQUESAgora, como disse, os racialistas repetem o dogma que se revelou um fracasso histórico espetacular. E adiantam outros passos esdrúxulos, desde que a paranoia político-social tem seus próprios desenhos e suas próprias regras.Com medo de um branqueamento final e total do povo brasileiro, essa turma parte para o ataque pesado. Dispara chumbo grosso contra relações amorosas e sexuais que envolvam pretos e brancos. E não é de hoje. Já na década de 1970 esse discurso tinha aflorado com nitidez.O próprio Abdias do Nascimento, que nunca olhava para si mesmo nem discutia seu próprio cotidiano, era discreta mas severamente criticado por diversos ativistas político-acadêmicos do movimento negro, em consequência do seu casamento com uma branca americana, Elisa Larkin, autora do livro (bem ruinzinho, por sinal) "Pan-Africanismo na América do Sul: Emergência de uma Rebelião Negra" (1981).E Abdias, embora defendesse a tese estapafúrdia de que miscigenação era genocídio, nunca se deu ao trabalho de analisar o seu caso pessoal. Sempre fez de conta que não ostentava uma ancestralidade mista —birracial, no mínimo— e que não vivia com a mulher que vivia. Mas vamos deixá-lo de parte por ora.O que quero salientar é o ponto a que chegaram nossos atuais "neonegros" (vale dizer, mulatos que sempre foram mulatos e hoje se apresentam como pretos retintos). Já faz tempo que, em seu afã de combater a mescla interracial, vêm falando de um tal de "amor afrocentrado", rótulo ideológico que mais não é do que um eufemismo para a segregação erótica.Tem mais. Uma coisa é o fenômeno objetivo da mistura genética, outra coisa são as ideologias da mestiçagem.No passado, a mestiçagem brasileira ganhou leituras mistificadoras, senhoriais. Para se contrapor a isso, muitos cometeram um equívoco primário: em vez de rediscutir em profundidade a questão, resolveram eliminá-la, como um sujeito que, ao fechar a janela, acredita que a rua deixou de existir.Mas continuamos mestiços. E a mestiçagem não é indestacável da fantasia da democracia racial. Recusar-se a usar a noção é como se recusar a falar de raça por causa do uso que os nazistas fizeram do conceito, combatendo ferozmente, aliás, a mestiçagem. Se não entendermos nossas misturas, nunca entenderemos a nós mesmos.E é bom sublinhar que mestiçagem não é sinônimo de harmonia. Não exclui o conflito, nem a discriminação. A melhor prova disso é o Brasil. Aqui, uma coisa é certa. Não pode existir delírio ideológico maior, entre nós, do que fantasiar a inexistência de mestiços. Mestiços nascem diariamente de uma ponta a outra do país.Mas vamos finalizar. Se a mestiçagem diminui a população negra, também diminui a população branca. É curioso que "racistas científicos" e racialistas atuais acreditem no contrário, que a miscigenação branqueia, mas não escurece. A verdade é que o processo biológico não é (nem poderia ser) de mão única, privilegiando magicamente os brancos.Um estudioso negroafricano menos delirante, Kabengele Munanga, em "Rediscutindo a Mestiçagem no Brasil" (1999), vai ao ponto: "(...) a realidade empírica, crua, observada por todos, é a de que o Brasil constitui o país mais colorido do mundo racialmente (...). Fica insustentável a crença no aniquilamento do contingente negro, por um lado, e no branqueamento completo de toda a população brasileira, por outro (...). O colorido da população desmente as previsões do modelo".Claro. A verdade é que, se um dia não houver nenhum negro no Brasil, também não haverá nenhum branco. E assim me vejo na obrigação de repetir aqui uma observação (óbvia) que já fiz inúmeras vezes: se for pelo caminho da miscigenação, o genocídio do negro será inseparável do suicídio do branco.
Que eu me lembre, aprendi que quando nos referimos a uma determinada espécie englobando machos e fêmeas, sempre utilizamos o masculino. Faz parte da língua portuguesa.
Lembro que numa reportagem do fantástico (anos 80) sobre o corpo humano, mostraram uma ginasta saltando nas barras e o locutor disse "Que beleza o corpo do homem".
Minha prima perguntou "e porque ele não fala no corpo da mulher?"
Minha tia respondeu "é que nesse caso ele já está falando dos dois sexos."
Pronto! Não houve nenhuma guerra em casa sobre o assunto.
Então é REGRA mesmo da lingua portuguesa usar sempre o masculino ou estou equivocado?
Com apenas 3 partidas, Tiffany bate recorde e deixa evidente injustiça de transexuais competirem em times femininos
O site AFFTVVÔLEI noticiou:
“Primeira transexual a jogar a Superliga na história, Tiffany trouxe retorno rápido ao Bauru, time que decidiu apostar em sua contratação. Na derrota para o Fluminense por 3 a 2 nesta sexta-feira, ela bateu seu recorde e marcou 30 pontos. Em apenas três partidas, ela já soma 70. Foram 15 em sua estreia na derrota de 3 a 2 para São Caetano e 25 na vitória de 3 a 1 contra o Pinheiros. Os números a transformam já na maior pontuadora em média da competição. Ela tem 5 pontos por set na Superliga, superando os 4,88 de Tandara, de Osasco, que até então era a líder no fundamento.”
A discussão que gira em torno da contratação de Tiffany é exatamente sobre a desigualdade de força, o que torna a competição injusta.
Ainda na matéria do site esportivo, é noticiado:
“Com Tiffany, Bauru passa a sonhar não só em se classificar, mas também em conseguir uma posição melhor para entrar nos playoffs. Atualmente com 17 pontos na tabela, a equipe do interior tem apenas um ponto a menos que Barueri e Pinheiros, que atualmente ocupam, respectivamente, a sexta e a sétima colocação.”
É uma notícia que evidencia que aqueles que estão sendo acusados de homofobia por se posicionarem contra transexuais em times femininos estão certos: não é justo. Em nome do politicamente correto, as mulheres irão perder espaço no esporte cada vez mais.
Grupo de 100 mulheres assina texto, publicado no “Le Monde”, afirmando sua rejeição a certo feminino que expressa “ódio aos homens”.Da RedaçãoEm texto publicado no “Le Monde”, um coletivo de 100 mulheres, incluindo Catherine Millet, Ingrid Caven e Catherine Deneuve, afirma sua rejeição a um certo feminismo que expressa um “ódio aos homens”.Ajude a Fórum a fazer a cobertura do julgamento do Lula. Clique aqui e saiba mais.Na sequência do caso de Weinstein, houve uma consciência legítima da violência sexual contra as mulheres, particularmente no local de trabalho onde alguns homens abusam do seu poder. Ela era necessária. Mas essa libertação do discurso torna hoje o seu oposto: somos intimadas a falar corretamente, silenciar o que incomoda e aquelas que se recusam a cumprir tais injunções são consideradas traidoras, cúmplices!Mas é característico do puritanismo pedir emprestado, em nome de um suposto bem geral, os argumentos da proteção das mulheres e sua emancipação para melhor vinculá-las ao status de vítimas eternas, coitadinhas sob a influência dos falocratas demoníacos, como nos bons velhos tempos da feitiçaria.Delações e acusaçõesDe fato, #metoo iniciou na imprensa e nas redes sociais uma campanha de denúncia e acusação pública de indivíduos que, sem ter a oportunidade de responder ou se defenderem, foram colocados exatamente no mesmo nível que os agressores sexuais. Esta justiça expeditiva já tem suas vítimas, homens impedidos do exercício de sua profissão, obrigados a demitir-se etc., quando seu único erro foi terem tocado um joelho, tentado roubar um beijo, falado sobre coisas “íntimas” em um jantar de negócios ou enviado mensagens sexualmente explícitas para uma mulher com a qual a atração não era recíproca.Essa febre de enviar “porcos” ao matadouro, longe de ajudar as mulheres a se emancipar, na verdade serve aos interesses dos inimigos da liberdade sexual, dos extremistas religiosos, dos piores reacionários e daqueles que acreditam, em nome de uma concepção substancial do bem e da moral vitoriana que o acompanha, que as mulheres são seres “à parte”, crianças com rosto de adulto, exigindo proteção.Diante disso, os homens são convocados a reconhecer a culpa e encontrar, no fundo de sua consciência retrospectiva, um “comportamento mal colocado” que eles poderiam ter tido dez, vinte ou trinta anos atrás, e dos quais eles deveriam se arrepender. É a confissão pública, a incursão de promotores autoproclamados na esfera privada, que instaura um certo clima de sociedade totalitária.A onda purificatória parece não ter limites. Aqui, censuramos um nu de Egon Schiele em um cartaz; ali pedimos a remoção de uma pintura de Balthus de um museu com base em que seria uma apologia à pedofilia; na confusão do homem e da obra, pedimos a proibição da retrospectiva Roman Polanski na Cinémathèque e obtivemos o adiamento daquela dedicada a Jean-Claude Brisseau. Uma acadêmica considera o filme de Michelangelo Antonioni Blow Up “misógino” e “inaceitável”. À luz deste revisionismo, John Ford (The Prisoner of the Desert), e até mesmo Nicolas Poussin (The Abduction of the Sabines) não estão numa situação melhor.Alguns editores já estão pedindo a algumas de nós que façamos nossos personagens masculinos menos “sexistas”, que falemos sobre sexualidade e amor com menos desmedida ou ainda que deixemos o “trauma sofrido pelas personagens femininas” mais óbvio! À beira do ridículo, um projeto de lei na Suécia quer impor um consentimento explicitamente notificado a qualquer candidato para relações sexuais! Só mais um esforço e dois adultos que quiserem dormir juntos deverão preencher via um “App” em seu telefone celular um documento em que as práticas que eles aceitam e aquelas que eles recusam serão devidamente listados.Indispensável liberdade de ofenderRuwen Ogien defendeu uma liberdade de ofender indispensável à criação artística. Do mesmo modo, defendemos a liberdade de importunar, indispensável à liberdade sexual. Somos hoje suficientemente conscientes para admitir que a pulsão sexual é por natureza ofensiva e selvagem, mas também somos suficientemente clarividentes para não confundir paquera desajeitada e assédio sexual.Acima de tudo, temos consciência que a pessoa humana não é monolítica: uma mulher pode, no mesmo dia, liderar uma equipe profissional e gostar de ser o objeto sexual de um homem, sem ser uma “vagabunda” ou uma vil cúmplice do patriarcado. Ela pode cuidar para que seu salário seja igual ao de um homem, mas não se sentir traumatizada para sempre por um esfregador no metrô, mesmo que isso seja considerado um delito. Ela pode até mesmo considerar isso como a expressão de uma grande miséria sexual, como um não evento.Como mulheres, não nos reconhecemos neste feminismo que, além da denúncia de abusos de poder, toma forma de ódio aos homens e à sexualidade. Acreditamos que a liberdade de dizer não a uma proposta sexual não existe sem a liberdade de importunar. E consideramos que é preciso saber responder a essa liberdade de importunar de outra forma que se encerrando no papel de presa.Para aquelas de nós que escolhemos ter filhos, sentimos que é mais sensato criar nossas filhas de modo que sejam suficientemente informadas e conscientes para viver suas vidas sem se deixar intimidar ou culpabilizar.Os acidentes que podem tocar o corpo de uma mulher não atingem necessariamente sua dignidade e não devem, por mais difíceis que possam ser, necessariamente torná-la uma vítima perpétua. Porque não somos redutíveis ao nosso corpo. Nossa liberdade interior é inviolável. E essa liberdade que estimamos não vem sem riscos ou responsabilidades.As redatoras deste texto são: Sarah Chiche (escritora, psicóloga clínica e psicanalista), Catherine Millet (crítica de arte, escritora), Catherine Robbe-Grillet (atriz e escritora), Peggy Sastre (autora, jornalista e tradutora), Abnousse Shalmani (escritora e jornalista).Assinam também: Kathy Alliou (curadora), Marie-Laure Bernadac (curadora geral honorária), Stephanie Blake (autora de livros infantis), Ingrid Caven (atriz e cantora), Catherine Deneuve (atriz), Gloria Friedmann (artista visual), Cécile Guilbert (escritora), Brigitte Jaques-Wajeman (diretora), Claudine Junien (geneticista), Brigitte Lahaie (atriz e apresentadora de rádio), Elisabeth Lévy (editora-chefe da Causeur), Joëlle Losfeld (editora) Sophie de Menthon (presidente do movimento ETHIC), Marie Sellier (autora, presidente da Société des gens de lettres).Foto: Creative Commons
Homofobia deixou 445 mortos em 2017A cada 20 horas um LGBT morre de forma violenta no país, revelam os dados do Grupo Gay da Bahiapor Yuri Fernandes Atualizada em 16 de janeiro de 2018, 08:57 Manifestante participa de um protesto, em São Paulo, contra a liminar concedida por juiz brasileiro que liberou a terapia de reversão sexual. Foto Nelson Almeida / AFP30 de novembro de 2017, quinta-feira à noite. Felipe Fernandes, fotógrafo de 22 anos, é agredido em um bar de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. Segundo ele, após esbarrar, sem querer, em um homem. A reação: um copo de vidro quebrado em seu rosto. O resultado: fratura no nariz, três pontos, sendo um perto do olho – sua ferramenta de trabalho – e muita indignação. Para o jovem, a justificativa de tamanha agressividade não está no esbarrão e, sim, na homofobia. “Hoje eu sou uma estatística por causa do ódio. Nunca vi tanto sangue na minha vida. O estado de choque é tão grande, às vezes você só entra em desespero. Foi o que aconteceu comigo. Pensei que fosse meu fim. Meu agressor quase me deixou cego”, contou.Felipe Fernandes, de 22 anos, foi agredido com um copo de vidro em um bar em Nova Friburgo. Ele não tem dúvidas que o motivo foi homofobiaFelizmente, Felipe está vivo para contar essa história. Mas, o mesmo não aconteceu com o Bruno, de 19 anos, o Gustavo, de apenas 17, e o militante Nô Pedrosa, de 77. Os três estão entre os 187 gays mortos por homofobia em 2017, segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), a mais antiga associação de defesa dos direitos humanos dos homossexuais no Brasil.O estado que mais matou LGBTs foi São Paulo (59), seguido de Minas Gerais (43) e Bahia (35). Somando todas as vítimas, são 445 mortes. Trata-se do ano com o maior número desde o início da pesquisa, há 37 anos. Isso significa que a cada 20 horas um LGBT morreu de forma violenta por motivação homotransfóbica no país. O grupo formado pelas travestis aparece em segundo lugar nas estatísticas: 132 perderam a vida. Uma delas é Dandara dos Santos, agredida e assassinada no Ceará, estado que fica em 4º lugar no ranking. O caso se tornou um dos mais noticiados do ano pela brutalidade. A vítima chegou a ser colocada em um carrinho de mão após agressões com pedaços de madeira e chutes. Recentemente, uma mãe postou nas redes sociais sua revolta com o beijo entre duas garotas em “Malhação”, da Rede Globo, e viralizou. Ela afirmou ter filhos menores de 13 anos e que ficou sem ação com a cena. Será que a reação é a mesma em relação aos dados acima? O que seria, de fato, mais difícil explicar para essas crianças?O homem por trás das estatísticasÉ de seu apartamento na Tijuca, Zona Norte do Rio, que Eduardo Michels, de 62 anos, faz o levantamento do GGB. Formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela UFRJ, ele se dedica há 10 anos ao estudo e à pesquisa sobre ataques a LGBTs no Brasil. Ao #Colabora, ele conta como chega aos números. “Nossa base é a mídia, e claro, as ONGs representativas de LGBTs que estão espalhadas no Brasil inteiro. Todas elas se comunicam. Minha rotina é: primeiramente eu vejo a imagem do acontecimento, depois começo a destrinchar a vida daquele personagem. Pelo perfil nas redes sociais, pesquiso os familiares, os amigos que conviviam com a vítima e vou construindo a partir da minha experiência de 40 anos de estudo. Às vezes, fico três dias analisando um perfil. Com essa bagagem e sensibilidade, fica mais fácil perceber se foi ataque homofóbico”, explica.Infográficos: Fernando AlvarusO objetivo do banco de dados para Eduardo é nobre e serve, acima de tudo, para abrir os olhos da sociedade. “São mortes que ficariam escondidas se não fossem as estatísticas. ‘Morreu de quê? Facada? Tiros?’. Mas e por trás disso? Ninguém vê! Então, abrimos a discussão social, tentamos promover e discutir a criação de leis que protejam essas pessoas, que é o nosso intuito. Espero que até antes da minha morte eu consiga ver alguma lei aprovada”, declara Michels, também criador do blog “Quem a Homofobia Matou Hoje”. O crime de homofobia não é reconhecido por lei no Brasil, sendo assim, os registros, que já são assombrosos, ainda estão longe de representar a realidade.
São mortes que ficariam escondidas se não fossem as estatísticas. Abrimos a discussão social, tentamos promover e discutir a criação de leis que protejam essas pessoas. Espero que até antes da minha morte eu consiga ver alguma lei aprovada
Eduardo Michels
Pesquisador do Grupo Gay da BahiaA maioria das vítimas (162) tem entre 19 e 30 anos. Vinte e seis mortos nem chegaram a completar 18. Apedrejamento, asfixia e espancamento estão entre algumas das causas. Acostumado a lidar, dia a dia, com os mais diversos casos, Eduardo diz que ainda se choca com a brutalidade dos crimes: “Um rapaz teve a cabeça cortada e os assassinos levaram seus olhos. A maioria das vítimas são garotos jovens e pobres. É um total desvalor da vida. Acham que ser homossexual é pecado, que ele deve ser banido da sociedade. É um ódio fascista que os homofóbicos têm e que descontam, infelizmente, nos LGBTs”.Ódio esse que Eduardo também sentiu na própria pele, no ano passado. Ele conta que ouviu de antigos vizinhos que a vila onde morava “não é lugar de gay”. Segundo o militante, ele e o marido, Flavio Miceli, de 60 anos, foram espancados por cerca de 20 pessoas durante uma festa no local.A dor de quem ficaCarlos Hestefânia, 38 anos, entrou para os dados levantados por Eduardo Michels. Ele é um dos 13 homens trans mortos em 2017 por motivação transfóbica. Carlos foi encontrado caído em uma poça de sangue, com os dois braços quebrados, apenas dois dentes na boca e com convulsões, devido a um traumatismo craniano. O crime aconteceu em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, em agosto. Três meses depois, Carlos morreu no hospital e deixou um filho de 7 anos.O #Colabora conversou com a irmã de Carlos. Ainda abalada, Elen Santos, de 41 anos, está de malas prontas para o interior de São Paulo. “Não consigo mais viver no Rio. Não tive Natal, não tive Ano Novo. Tudo aqui me lembra ele. Eu perdi metade da minha alma”, se emociona. De acordo com a jornalista, o irmão passou a ser vítima de injúrias a partir do momento em que se assumiu como trans. Ela conta que Carlos chegou a ser impedido de entrar na sua antiga casa, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, algumas vezes por causa do preconceito e, por isso, decidiu se mudar para Duque de Caxias, onde também não encontrou paz.
As pessoas se incomodavam pelo simples fato dele ser um homem trans. Ele perdeu a vida por ele ser quem ele era, por querer ser respeitado desse jeito
Elen Santos
Irmã de Carlos, morto no ano passado“Recebi, de forma anônima, mensagens e ligações de vizinhos relatando as ofensas que ele sofreu. ‘O seu lugar não é aqui, aqui é lugar de família, não de aberrações’. Era isso que ele ouvia lá. As pessoas se incomodavam pelo simples fato dele ser um homem trans. Ficou bem claro para mim que a motivação foi essa”. Já no hospital, a irmã relata que Carlos revivia as agressões sofridas e sempre que sentia a presença de alguém do sexo masculino, se exaltava: “Ficava inquieto e não parava de repetir: ‘Estou cansado. Nunca fiz nada contra você. Eu não tenho raiva de você, não sou um monstro, sou um ser humano. Me solta’. Até o grito final, pedindo: ‘Socorro'”.Os três principais suspeitos fugiram. “Quando meu irmão me contou que era trans, ele chorou muito e disse: ‘As pessoas não vão me aceitar, eu tenho medo de andar na rua’. Ele perdeu a vida por ele ser quem ele era, por querer ser respeitado desse jeito. E eu? Eu estou morrendo todos os dias. O coração bom dele foi o que o matou. E naquela poça de sangue, ficou metade do meu”, compartilha.Como explicar o ódio?Na busca por justiça, Elen conta com a ajuda de Maria Eduarda Aguiar, primeira advogada trans a conseguir a carteira da OAB com nome social. A profissional faz parte do ‘Grupo pela Vidda’, ONG que presta assessoria jurídica gratuita à comunidade LGBT. “Me sensibilizei muito com essa história. Mas fora essa, são vários os outros casos que recebo. Os mais comuns são agressões motivadas por homofobia e transfobia, além de injúrias e crimes de internet com motivação homofóbica”, detalha.Foto feita por Jonathan Ribeiro dentro de ônibus em São Paulo em dezembro de 2017. Afinal, como explicar o aumento da intolerância? (Foto: Jonathan Ribeiro)Maria Eduarda não tem dúvidas quando questionada sobre as motivações do aumento de crimes contra LGBTs no país. “Grupos de extrema direita provocam pânico social na internet criando fobias. Difamações contra LGBTs proeminentes são constantes. A ausência de leis específicas e o aumento de discursos de ódio com fins políticos e eleitoreiros também, a meu ver, são causadores desse aumento. Precisamos levar a discussão de gênero nas escolas para que ensinando nossos jovens possamos ter cidadãos mais humanizados“, acredita.Para Eduardo Michels, do Grupo Gay da Bahia, a resposta vem também da propagação dos grupos religiosos mais extremistas na política e na sociedade. “O aumento dos casos está diretamente ligado ao crescimento das religiões evangélicas no Brasil, sobretudo as neopentecostais, juntamente com o avanço das bancadas religiosas no Congresso. As igrejas usam a homofobia com respaldo na visão de religião que eles têm e, assim, esses conflitos aumentam a homofobia social e cultural existente no Brasil. Já as bancadas religiosas, se utilizam da questão como cortina de fumaça, para encobrir a bandidagem e ganhar visibilidade na política. Eles se colocam como defensores da moral e dos bons costumes, quando na verdade é o contrário”, afirma.“Toda essa polarização de esquerda e direita criou uma imagem que nós, LGBTs, queremos destruir o modelo de ‘vida hétero’, quando, na verdade, apenas lutamos para ter o direito de existir”, finaliza a advogada Maria Eduarda. Tags:gay, Homofobia, homotransfobia, LGBTs, preconceito, violência,,,,,Escrito por Yuri FernandesFormado em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora, é mineiro de Ipatinga. Sempre sonhou em morar no Rio de Janeiro e realizou seu desejo em 2014 ao passar para o programa de estágio da TV Globo. Trabalhou nas redações do "Bom Dia Brasil", do "Jornal Nacional" e do "EGO". Tem grande interesse em pautas de inclusão social e diversidade de gênero. Acredita que o jornalismo pode e deve ser usado como forma de combater a opressão a minorias. Cresceu vendo novelas e sempre manteve essa paixão viva. https://projetocolabora.com.br/inclusao-social/homotransfobia-445-mortos-em-2017/?utm_content=buffere2ce5&utm_medium=social&utm_source=facebook.com&utm_campaign=buffer
A Aliança Gay e Lésbica contra a Difamação (GLAAD), divulgou na sexta-feira (19) a lista de indicados a premiação este ano, que busca reconhecer os programas na TV e no Cinema que valorizem e representem a causa LGBT para a cultura.
Em 2018, a organização indicou na categoria Melhor Série Infantil duas animações, Steven Universo e The Loud House, como programas excepcionais. No ano passado, a série animada do Cartoon Network foi indicada na categoria “Melhor Série de Comédia”. Na mesma categoria competem também Andi Mack, Danger & Eggs e Doutora Brinquedo.
Em sua 29ª edição, o GLAAD Media Awards acontecerá em duas cerimônias, em 12 de abril e 5 de maio.
Pepino espacial: a NASA cancela missão de astronauta negra e é acusada de racismo
Eu vou contar um segredo: tem uma coisa que a NASA odeia mais do que Desmontagens Rápidas Não-Programadas de foguetes: são escândalos. Imagine todos aqueles nerds certinhos tendo que lidar com barracos típicos de um bom cortiço. Eles tremem.
E aí não perdoam ninguém. No vôo da Apollo 15 os astronautas levaram 398 cartões de selos postais que seriam revendidos, e não avisaram ninguém. Quando a NASA soube fez um escândalo, a coisa chegou no Congresso e foram investigados pelo Departamento de Justiça. A conclusão foi que não fizeram nada ilegal mas violaram regras da NASA.
David Scott, comandante da missão estava treinando para o vôo Apollo-Soyuz, nunca mais voou. Alfred Worden foi transferido pra uma posição burocrática e James Irwin foi gentilmente convencido a dar baixa da Força Aérea e a se demitir da NASA.
Por causa de pedaços de papel.
Sempre que possível eles tentam resolver os problemas com astronautas internamente, só que agora essa postura saiu pela culatra. Jeanette Epps é engenheira aeroespacial e astronauta. Seu primeiro vôo estava marcado para meados de 2018, mas subitamente ela foi retirada da escala, e substituída por Serena M. Auñón-Chancellor.
Mudanças de última hora acontecem, mas são bem raras, em geral envolvem problemas de saúde ou decisões pessoais, em comum sempre a NASA não comenta. Só há um problema: Jeanette é negra.
Em tempos politicamente corretos, qualquer decisão envolvendo minorias sofre duplo escrutínio, por mais que uma engenheira aeroespacial da NASA não seja o que eu considere “minoria oprimida”.
Ela não está falando sobre o caso, mas seu irmão criou uma petição online (isso sim vai resolver!) acusando a NASA de racismo, dizendo que Jeanette está lutando contra racismo e misoginia dentro da NASA e por isso está sendo punida.
Que a NASA já foi extremamente racista não é novidade, nem precisa assistir Hidden Figures pra entender isso (mas assista de qualquer jeito), mas partindo do princípio que a Dra Mae Jamison voou no ônibus espacial em 1992 (e na USS Enterprise em 1993), acho que a NASA já aceitou a idéia de astronautas negras.
Essa história ainda vai dar muito pano pra manga, e pior: fará com que a NASA pense duas vezes antes de escalar astronautas que façam parte de alguma minoria, pois se toda decisão técnica for questionada com acusações de racismo e revertida com petições, vai ficar difícil gerenciar uma agência espacial assim.
Percival disse: Pepino espacial: a NASA cancela missão de astronauta negra e é acusada de racismo
Eu vou contar um segredo: tem uma coisa que a NASA odeia mais do que Desmontagens Rápidas Não-Programadas de foguetes: são escândalos. Imagine todos aqueles nerds certinhos tendo que lidar com barracos típicos de um bom cortiço. Eles tremem.
E aí não perdoam ninguém. No vôo da Apollo 15 os astronautas levaram 398 cartões de selos postais que seriam revendidos, e não avisaram ninguém. Quando a NASA soube fez um escândalo, a coisa chegou no Congresso e foram investigados pelo Departamento de Justiça. A conclusão foi que não fizeram nada ilegal mas violaram regras da NASA.
David Scott, comandante da missão estava treinando para o vôo Apollo-Soyuz, nunca mais voou. Alfred Worden foi transferido pra uma posição burocrática e James Irwin foi gentilmente convencido a dar baixa da Força Aérea e a se demitir da NASA.
Por causa de pedaços de papel.
Sempre que possível eles tentam resolver os problemas com astronautas internamente, só que agora essa postura saiu pela culatra. Jeanette Epps é engenheira aeroespacial e astronauta. Seu primeiro vôo estava marcado para meados de 2018, mas subitamente ela foi retirada da escala, e substituída por Serena M. Auñón-Chancellor.
Mudanças de última hora acontecem, mas são bem raras, em geral envolvem problemas de saúde ou decisões pessoais, em comum sempre a NASA não comenta. Só há um problema: Jeanette é negra.
Em tempos politicamente corretos, qualquer decisão envolvendo minorias sofre duplo escrutínio, por mais que uma engenheira aeroespacial da NASA não seja o que eu considere “minoria oprimida”.
Ela não está falando sobre o caso, mas seu irmão criou uma petição online (isso sim vai resolver!) acusando a NASA de racismo, dizendo que Jeanette está lutando contra racismo e misoginia dentro da NASA e por isso está sendo punida.
Que a NASA já foi extremamente racista não é novidade, nem precisa assistir Hidden Figures pra entender isso (mas assista de qualquer jeito), mas partindo do princípio que a Dra Mae Jamison voou no ônibus espacial em 1992 (e na USS Enterprise em 1993), acho que a NASA já aceitou a idéia de astronautas negras.
Essa história ainda vai dar muito pano pra manga, e pior: fará com que a NASA pense duas vezes antes de escalar astronautas que façam parte de alguma minoria, pois se toda decisão técnica for questionada com acusações de racismo e revertida com petições, vai ficar difícil gerenciar uma agência espacial assim.
Jogadoras de Games reclamando de comportamento de jogadores que sempre existiu entre os jogadores:
O que as mulheres fazem para driblar o machismo em games online?
Trocar de "nickname", ignorar ou bloquear uma avalanche de jogadores desrespeitosos e ter a obrigação de mandar bem em todas as partidas. Essas são algumas das condições adicionais que as mulheres enfrentam para tentar jogar em paz e driblar o machismo que prevalece, de maneira bem ofensiva e às claras, em games online.
O G1 conversou sobre o assunto com jogadoras de "Counter-Strike: Global Offensive", "League of Legends" e outros títulos na Campus Party 2018, evento de tecnologia que aconteceu em São Paulo até domingo (4). Assista ao vídeo acima.
Elas afirmam que a realidade feminina em games online pode ser resumida em duas reações extremas por parte dos homens:
A desqualificação da habilidade e do próprio direito de jogar, com espaço para xingamentos e recados como "seu lugar é na cozinha";
O tratamento meloso, em tom de paquera, como se toda mulher estivesse em um game online para arranjar um parceiro e não para simplesmente jogar.
A questão também foi tema de uma campanha que viralizou na internet. Em defesa do direito da mulher poder usar o "nickname" (ou apelido) que quiser em partidas online sem ser incomodada, a ONG Wonder Women Tech convidou homens a jogarem com nomes femininos e filmarem as reações de outros jogadores. O resultado pode ser visto aqui.
A designer Helena Simões, de 30 anos, jogou por muito tempo o game "Ragnarök Online", RPG que foi fenômeno nos anos 2000. Ela começou usando um apelido e um personagem do sexo feminino, mas o assédio era tão comum que acabou abdicando da sua representação em troca de uma neutra, que não trazia tanto incômodo.
"É só revelar que você é mulher que começa o 'sai daqui', 'não sabe jogar', 'noob', 'vai estragar a equipe'", ela diz.
"Uns perguntavam da onde eu era, se tinha namorado, coisas que não têm nada a ver com o jogo. Outros falavam que eu só conseguia pontos porque me davam itens. Eles duvidam de você o tempo todo. Se você ganha é por sorte, não pelo seu mérito. É muito difícil", conta.
Comentários
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.ARTIGOSA IDEOLOGIA DE GÊNERO, A (ANTI)DEMOCRACIA E O TOTALITARISMO17 de novembro de 2017
Por Sergio de Mello, publicado pelo Instituto Liberal
Olhando bem de longe, mas muito de longe mesmo, até dá para entender o paraíso terrestre que toda ideologia glorifica e todo o aparato da intelligentsia que a orquestra: um lindo arquétipo grupal igualitário, que busca a alma humana comum e a felicidade. De perto, com a lupa da sabedoria da história e dos valores humanos, no entanto, ela não significa nada além de um projeto de igualdade ou supremacia de grupo impositivo, comportamental e antidemocrático.
Falando mais precisamente sobre ideologia de gênero, que é fazer acreditar (isso mesmo, acreditar, sendo questão de fé e não ciência!) que ninguém nasce com sexo definido, esse totalitarismo chegou ao Estado por meio dos livros didáticos em escolas infantis, com base nos planos nacional, estaduais e municipais de educação, está nas portas dos banheiros, nas salas de aula, nos teatros, nas fichas de cadastro de alunos (“filiação 1”, filiação 2”, em vez de pai e mãe). Enfim, não há aceitação pela maioria e, ainda assim, a mão amiga emilitare do Estado determina que se aceite de uma forma geral e indiscriminada essa, por assim dizer, ideologia ou crença de indefinição sexual biológica.
Como diz o ditado, “cada um é cada um”, faz da sua vida o que quiser. Porém, quando a visão de cada um chega ao Estado aí já é o momento de pensar melhor, refletir e ficar com um pulga atrás da orelha mesmo. Ou melhor, é hora de repudiar quando se quer fazer dos direitos humanos e individuais uma tábula rasa, como se ninguém tivesse mais vontade própria e não soubesse o que é bom para si mesmo. Refiro-me, especificamente, às imposições escolares, com a intenção de transmitir aos filhos dos outros aquilo que acham que é o melhor para se viver. Faço referência aos professores que no dia-a-dia passam para alunos inocentes a ideologia de que eles não nasceram meninos ou meninas. Essa aparente demonstração de uma tal “social democracia” nada tem de democrático, já que defende a posição de alguns enquanto oprime e ignora uma grande maioria. Deve-se defender todos e não apenas alguns.
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Não há nada de errado em procurar erros e acertos dentro de uma cultura que se diz preconceituosa e desigual. Não há nada de incerto em investigar as mazelas sociais. O erro está em querer impor de cima para baixo normas de comportamentos e de visões de vida comum e totalitária. E não estou falando aqui em não deixar um gay ser gay, uma lésbica ser lésbica, absolutamente não. Como se diz, cada um faz da sua vida o que bem entender. Digo que o sentimento de proteção extrapola nível aceitável e chega ao legislativo, impondo normas comportamentais a todos. E, pior ainda, baseadas numa visão ideológica das coisas humanas, situação que se deve, acima de tudo, evitar para se poder impedir, posteriormente, um mal maior (cerceamento do pluralismo e das liberdades públicas).
Como bem deixou escrito o professor Olavo de Carvalho, no Mídia Sem Máscara, em artigo veiculado há dois dias, “Na esquerda brasileira já não existe, desde há muito tempo, pensamento individual. Tudo ali se decide em grupos, reuniões, debates internos em redes que formam o discurso ideológico destinado a criar e manter a hegemonia, o controle do movimento sobre o curso da vida social e política.”.
Não precisa ser cristão, religioso, conservador ou “de direita”, para se notar que tal ideologia de gênero não passa, de fato, de uma ideologia e, como tal, isenta de qualquer comprovação científica mais apurada de uma ordem de coisas certas e valorosas para o gênero humano. Quem entende de forma diversa para preservar o que há de mais sagrado para o gênero humano – a própria liberdade que a esquerda tanto zela para ela (não para os outros) – é tido como o fanático, o alienado, o insensível, o de “extrema direita”.
Será que estamos caminhando mesmo num futuro promissor e rumo à evolução e ao progresso, como querem fazer crer os entusiastas de ideologias? Será que podemos adotar a filosofia hegeliana de que a compreensão da humanidade e a sabedoria virão somente “ao anoitecer”, no decorrer do curso de história, num porvir? Será que o caminhar da humanidade é linear e não cíclico? Aliás, pensando em Hegel e nesta semana de nossa república, há que se duvidar muito de seus prodígios, já que ele considerou um “glorioso amanhecer” os acontecimentos anti-monárquicos quando da implantação da república no momento da Revolução Francesa.
A site da Caneta Desesquerdizada descobriu um vídeo de 2013 onde a atriz afirma que sua avó é austríaca, o pai é “bem brancão, cheio de sardas”.No vídeo, Tais diz que seu filho é “bicolor”, tanto que “preconceito nunca foi discutido” na casa dela.O site pergunta:”E agora Tais, mudamos de calçada com todo mundo?”.https://jornalivre.com/2017/11/19/video-de-2013-reaparece-na-web-e-desmonta-narrativa-de-tais-araujo/Assista: ASSISTA NA FONTE
FONTE https://jornalivre.com/2017/11/19/video-de-2013-reaparece-na-web-e-desmonta-narrativa-de-tais-araujo/
odiarionacional
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26 de novembro de 2017
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A psicóloga Marisa Lobo foi convidada para fazer uma palestra na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.Parte da programação do “I Ciclo de Estudos sobre Corpo Humano, Filosofia e Sociedade: Reflexões sobre aborto, drogas e gênero”, a presença de Marisa acabou provocando a ira de ativistas LGBT. Pelas redes sociais, ela vem recebendo muitas ameaças, inclusive de morte. O caso, segundo a coordenação do evento, é levado à sério e já foram tomadas as medidas legais. As informações são do Notícias Gospel Prime.Programado para acontecer dia 7 de dezembro no Auditório das Aves no Centro de Biociências (CB), a palestra da psicóloga foi transferida para outro local. A Divisão de Segurança Patrimonial da Universidade afirmou em memorando que “poderá ter dificuldades para garantir a segurança na referida manifestação após vistoria técnica, que constatou a grande diversidade de acessos, que poderá gerar dificuldade em necessidade suplementar de controle”.Grupos de extrema esquerda também organizaram táticas de intimidação como coordenar desistências por parte de outros palestrantes.O organizador do evento, Bento Abreu, anunciou que o Conselho do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) comentou: “O que deveria ser um ciclo de palestras com proposta de debate pacifico se tornou uma situação extremamente delicada. As pessoas tentaram de toda forma fazer que o evento fosse cancelado. Estamos lutando contra centros, estudantes e professores que fogem do debate acadêmico”.Procurada pelo Gospel Prime, Marisa Lobo afirmou que “é lamentável que os que mais dizem defender a democracia, que dizem lutar contra a opressão e a ditadura de opinião, sejam os que mais perseguem o contraditório e, portanto, a democracia. É exatamente assim que o marxismo e a esquerda trabalha, ameaçando, desfilando ódio com ameaças de morte”.Mesmo assim, ela não irá cancelar sua palestra: “Não tenho medo, não vou desistir de ocupar este espaço que me foi dado por alunos e professores conservadores que estão lutando pela ciência, que estão cansados da esquizofrenia coletiva que está gerando está ditadura ideológica de gênero. Eles estão com medo do meu discurso? Sabe por quê? Porque é científico e não impositivo nem proselitismo”.A psicóloga diz que as ameaças são causadas por uma questão ideológica, não científica: “A ciência está ao meu lado, não podemos mais aceitar sermos pautados pelo que uma minoria de acadêmicos querem como sociedade. Direitos humanos é para todos, não uma bandeira ideológica das minorias contra as maiorias. Enfrentar a ideologia de gênero com ciência requer coragem e bom senso. Eu tenho os dois”.A matéria do Notícias Gospel Prime ainda lembra que “recentemente, na Universidade Federal da Bahia, militantes de esquerda fizeram protestos agressivos contra um evento de conservadores. Além de agressões, havia cartazes pedindo ‘morte aos cristãos'”.
https://odiarionacional.com/2017/11/26/psicologa-sofre-ameaca-de-morte-por-combater-ideologia-de-genero/
InformationLiberation
Nov. 26, 2017
"Every white woman raises a detriment to society when they raise a son. Someone with the HIGHEST propensity to be a terrorist, rapist, racist, killer, and domestic violence all star. Historically every son you had should be sacrificed to the wolves B***h," Baker said on Twitter.
Here's some more of her tweets:
Though her account was later deleted, Baker celebrated her new found fame after her tweet went viral:
Indiana University Health released this statement to PJ Media: "When asked which department Baker works in, the hospital declined to answer," PJ Media reported.
Her statements are interesting considering the recent viral story of Wanda Nuckles and other nurses who let WW2 veteran James Dempsey die as they laughed.
There needs to be a police investigation if anyone has died under Baker's care.
UPDATE:
Riley Children's Health's PR Team released a new statement on Facebook: "A recently hired IU Health employee tied to troubling posts on social media this weekend is no longer an employee of IU Health."
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http://www.informationliberation.com/?id=57668
POR O GLOBO 06/11/2015
Cena do filme ‘Azul é a cor mais quente’, em que as jovens personagens Adèle (esquerda) e Emma se apaixonam
Um novo estudo da Universidade de Essex, na Inglaterra, diz ter provado cientificamente que as mulheres são sempre bissexuais ou gays, mas “nunca heterossexuais”. Os pesquisadores, que recrutaram 345 voluntárias para o experimento, mostraram a elas trechos de vídeos de mulheres e homens nus, e recolheram os dados sobre suas respostas às cenas, incluindo, por exemplo, se suas pupilas se dilataram ao captarem o estímulo sexual.
As mulheres que se classificaram como heterossexuais se sentiram estimuladas tanto pelos vídeos de homens nus atraentes quanto pelas imagens de mulheres nuas atraentes.
No entanto, as lésbicas se mostraram muito mais atraídas pelas formas femininas.Os especialistas da Universidade de Essex constataram que as mulheres heterossexuais se sentiram atraídas por ambos os sexos, embora tivessem dito que se interessavam apenas por homens. Por outro lado, as lésbicas demonstraram respostas fortes às imagens de mulheres nuas e respostas quase nulas aos corpos masculinos.
Segundo os pesquisadores, as lésbicas se assemelham mais aos homens nessa característica, já que, assim como eles, costumam demonstrar respostas sexuais muito distintas para seu sexo favorito.
“Mesmo que a maioria das mulheres se identifique como heterossexual, nossa pesquisa demonstra claramente que, quando se trata do que as excita, elas são bissexuais ou gays, mas nunca heterossexuais”, disse o líder do estudo, o doutor Gerulf Rieger, do Departamento de Psicologia, ao jornal Daily Mail.
Leia mais: https://oglobo.globo.com/sociedade/sexo/mulheres-sao-sempre-bissexuais-ou-gays-nunca-hetero-diz-estudo-17980102#ixzz4zopNiO6q
https://oglobo.globo.com/sociedade/sexo/mulheres-sao-sempre-bissexuais-ou-gays-nunca-hetero-diz-estudo-17980102?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign
TUDO SAPATÃO rsrsrrsrsrsr
Marcus Valerio XR2 h · Íntegra da MAIS IMPORTANTE entrevista realizada este ano sobre a ação de Fundações Internacionais no Brasil, publicada no "Estado de São Paulo" em 22/11/17.
(Com adaptações.)Obs: Cesar Benjamin foi brilhante, trazendo informações preciosíssimas. E o toque final de hipocrisia de Átila Roque, diretor da Fundação Ford, fecha com chave de ouro!
RIO - O secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, Cesar Benjamin, causou grande polêmica nas redes sociais com expoentes do movimento negro por causa de um post que fez no Dia da Consciência Negra, na última segunda-feira, 20. Na publicação, o secretário citou uma palestra sobre o racismo no Brasil, proferida pela atriz Taís Araújo."Continuo detestando a racialização do Brasil, uma criação - eu vi - do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Nossa maior conquista - o conceito de povo brasileiro - desapareceu entre os bem-pensantes. Qualquer idiotice racial prospera. A última delas é uma linda e cheirosa atriz global dizer que as pessoas mudam de calçada quando enxergam o filho dela, que também deve ser lindo e cheiroso." E concluiu: "Quero que as raças se fodam."Em entrevista concedida ao Estado por e-mail, o secretário reafirma suas posições. "Dizer que os brasileiros mudam de calçada quando veem uma criança negra na rua é uma ofensa ao nosso País. Essa histeria tem que parar. Alguém tem que dizer que é mentira."Roberta Jansen: O senhor causou grande polêmica junto ao movimento negro por causa da sua última postagem. O senhor esperava toda essa repercussão?César Benjamin: Faço esse tipo de alerta sobre os perigos da racialização da nossa sociedade desde a década de 1990. Desde então sou patrulhado. O problema só se agravou. Hoje leio nos jornais, rotineiramente, expressões como "o escritor branco Fulano de Tal", "o cineasta negro Beltrano", "o professor Cicrano, branco". Naturalizamos a divisão racial dos brasileiros. Ninguém mais reage. Dizer que os brasileiros mudam de calçada quando veem uma criança negra na rua é uma ofensa ao nosso País. Essa histeria tem que parar. Alguém tem que dizer que é mentira.RJ: O que, exatamente, o senhor quis dizer quando afirmou que a "racialização do Brasil foi uma criação do Departamento de Estado dos Estados Unidos"?CB: Na década de 1990, amigos gaúchos pediram-me que os recebesse no Rio de Janeiro e os acompanhasse em uma reunião que teriam na sede da Fundação Ford, que ficava na Praia do Flamengo. Queriam verificar a possibilidade de obter algum financiamento para projetos de educação em áreas rurais. Fiquei chocado com o que vi. Os funcionários da fundação disseram abertamente que só financiariam projetos que destacassem a questão racial no Brasil. Exigiram que eles mudassem todo o projeto que levaram. Estabeleci ali uma conversa tensa sobre isso. Um deles disse, para todos ouvirmos: "Temos 15 milhões de dólares e vamos provar que o Brasil é racista." Entendi perfeitamente a mensagem.Pensemos num computador. Ele tem um hardware, que são seus componentes físicos, mas para funcionar precisa de um software, um programa que lhe dá as instruções sobre o que fazer. Uma sociedade também tem componentes físicos, que são a sua infraestrutura, e componentes ideológicos, que organizam o comportamento das pessoas. A Fundação Ford, que é um braço do Departamento de Estado, mirou no coração do nosso software, o conceito de povo brasileiro. Acertou em cheio. Se não há povo brasileiro, o Brasil não vale a pena. Isso é parte importante da grande crise civilizatória que se abateu sobre nós e nos paralisa.RJ: O senhor acha que o Brasil é um país racista? Ou o senhor acha que vivemos uma democracia racial?CB: Há racismo no Brasil, assim como há em praticamente todo o mundo. Nunca usei e não conheço quem tenha usado a expressão democracia racial. Mas, ao contrário do que ocorre em vários outros países, o sistema de valores que a sociedade brasileira escolheu não legitima o racismo. Isso é muito importante. Um sistema de valores não descreve fielmente o que existe, mas aponta os caminhos que desejamos seguir. Sinaliza uma trajetória desejada. Os americanos transformaram essa nossa grande virtude em hipocrisia. Adestraram uma geração de militantes que detesta o Brasil.RJ: Muitos argumentam que, em sua palestra, a atriz Taís Araújo, ao dizer que as pessoas mudam de calçada quando veem seu filho, estaria falando de forma simbólica, metafórica, sobre o racismo no Brasil. O senhor não viu desta forma?CB: Eu não vi a palestra da atriz, por quem tenho grande afeto. O que me chamou a atenção não foi a palestra em si. Foi a quantidade de gente que replicou essa barbaridade nas redes sociais de forma completamente acrítica, como se fosse verdade literal: os brasileiros atravessam a rua quando veem uma criança negra. Francamente...RJ: As estatísticas mostram que a discriminação racial é um fato no País. Os negros são os mais pobres, os que mais morrem, os que mais são vítimas da polícia, a maior parte da população carcerária. O senhor discorda disso?CB: Uma grande mentira só prospera se tiver alguma aderência à realidade. Há verdade em tudo o que você diz, embora essas estatísticas sejam, em geral, de péssima qualidade. Mas são verdades seletivas, que acabam servindo a uma grande mentira: o Brasil é o País mais racista do mundo... A maior parte da população negra foi escrava até quase o final do século 19, há poucas gerações, e nossa mobilidade social não tem sido suficientemente grande para alterar posições historicamente constituídas. É um problema gravíssimo. Dedico minha vida a lutar contra ele. Mas a racialização não nos ajuda em nada. Só traz mais um problema. Impede-nos de ter uma aproximação amorosa em relação ao nosso próprio país.RJ: O que o senhor quis dizer com "Quero que as raças se fodam"?CB: O conceito de raças humanas, além de cientificamente inepto, é pérfido, é do mal. Foi criado para justificar o colonialismo e desde então só separa, destrói, discrimina, justifica desastres humanitários de grandes proporções. Eu não quero que o Brasil seja um País de "escritores brancos ou negros" e "cineastas negros ou brancos". Quero que seja um País de escritores e cineastas.RJ: Como secretário de Educação, que tipo de ação o senhor tem tomado para evitar a discriminação nas escolas?CB: Pelo visto você foi capturada pela histeria racial, pois sua pergunta pressupõe que há discriminação em nossa rede, que você sequer conhece. Afinal, o Brasil é assim, não é? Lamento decepcioná-la, mas não conheço nenhum caso que possa confirmar isso. Nossa rede é um microcosmo do Brasil, profundamente miscigenada. Se aparecer racismo, ele será tratado como deve, como uma burrice e um crime. O racista é, antes de tudo, um burro. Achar, no século 21, que as pessoas devem ser julgadas pela cor da pele é o fim da picada.OUTRO LADOEm nota, o diretor da Fundação Ford no Brasil, Átila Roque, disse lamentar a “ignorância histórica” do secretário. Segundo ele, Benjamin tenta atribuir a uma "entidade privada independente e sem fins lucrativos, a responsabilidade pela promoção da luta contra o racismo no País, desconhecendo toda a trajetória de resistência dos negros e negras brasileiros que antecedem em muito a própria existência da fundação". Destacou ainda que a Fundação Ford tem o compromisso de apoiar projetos que reduzam as desigualdades.
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Nicolas Vendramini
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[url=javascript:;]More[/url]“Bicha estranha, louca, preta, da favela” a primeira linha de uma das principais músicas da Linn da Quebrada já dá uma ideia de qual é a sua luta. Linn vive uma construção contínua. Para ela, o verbo não é ser e sim estar. Está nesse momento como cantora e artista.Sua música e arte são sobre ser negra e transexual no país que mais mata pessoas trans no mundo e nas quebradas onde negros morrem em números de guerra. Segundo ela, a violência não é só física. Você pode não puxar o gatilho, mas com palavras, insultos e gestos também agride. E por isso, a própria existência de Linn é puramente resistência.[img]data:image/png;base64,iVBORw0KGgoAAAANSUhEUgAAAFQAAAA7CAMAAADSF118AAAAP1BMVEUAAADIGxPOHBK5EwDFGhi5Fwi8GRTEGhe7EQDMHR7////vyMfddnm5Hx334+Py8fHdj5DLVVXnq6zJOTzVbG1s8SkwAAAACXRSTlMAv4Eo10JnqA8IHfydAAABJUlEQVRYw93Y64rCMBCG4czk5FSzdav3f63bDaxfV4Qm+AXR96/wMNj0kLhtPib9LcutYA8K+F1rKXqH4KmIPZVIOvwnszEqumFjMVLB3+YsRiv8zRqMWHa1ZNQiBuUV3Jo3cn5FlY3qimY2KitajB3+UmLRxRGovgmqTj4HXc69aN5Hj9PcyYqzfXSavk58tJMNTWgv24pW9kpE0fGbioKlomCZKNgLEUXLhYiiMx+dT+xJ8SxgoCDZ6EJcp7jsPBQLlIbiVmpEwy7aS1poeZ30PvqlAQVJRGeQtLfp1dBLPyb0bdDER+OYL2nHR7E34yUjtjw6ZMc3am/KXlSpoodCHrQWiWbxI85Q6Kc9pneHSCmHJ0VJGPPuAC3LWqO/OURL0aEfg76m8Izrt6EAAAAASUVORK5CYII=[/img]youtube.com“A luta começou quando eu descobri que meu corpo era proibido pra mim mesma.”A música acima conta a história de como ela se descobriu Linn da Quebrada. Desde seu passado religioso como testemunha de Jeová, até ser expulsa e desassociada da igreja, ou seja, proibida de falar com as pessoas que frequentavam a igreja e que mantêm a prática da religião. Tudo isso por ousar ser quem é e ser dona do próprio corpo.
Daniel AvilaIndo até sua casa na Zona Leste de São Paulo, uma coisa não saía da minha cabeça: “QUEM EU PENSO QUE SOU PARA FALAR QUEM É LINN DA QUEBRADA?" Justo eu, um homem, hétero, branco, cisgênero que quando peguei esse trabalho para produzir sabia que seria um verdadeiro choque de realidade. Eu simbolizo toda a perseguição e perigo que uma pessoa trans vive. Por isso, Linn sobre Linn: “Eu sou um experimento, todo mundo tem uma ideia preconcebida do que é se relacionar, o que é amor e por isso estamos na briga pelo imaginário social, mostrando que esses corpos existem e que temos liberdade de viver nossas próprias escolhas”. Em sua casa Linn me explica, “Eu não canto pra ser cantora, eu canto pra ser ouvida.”De sua casa, saímos em direção a um show que Linn faria no centro de São Paulo onde apresentaria seu novo clipe feito em collab com ABSOLUT e As Bahias e a Cozinha Mineira. Conversando sobre esse momento, Linn contou qual foi seu primeiro passo no mundo da música: “Eu nunca pretendi trabalhar com música. A música acabou acontecendo na minha vida. Eu escrevia bastante e comecei a pensar em música pelo FUNK. Pelo que o FUNK representava. Essa coisa de criar desejo, produzir uma vontade dentro de você. Assim como músicas de amor que criam essa vontade e dizem como você deve amar. Começou com uma brincadeira pensando nas músicas que EU gostaria de ouvir. Sem necessariamente apontar a música para os outros. Apontando também pra mim mesma, sobre meus próprios desejos. E aí eu comecei a descobrir quantas pessoas também se sentiam assim também. De novo, um experimento.”
Daniel AvilaDurante todo nosso trajeto, um tema constante nesse papo foi o conceito de experimento social questionando a nossa ideia de NORMAL. A construção social que todos vivemos. Não apenas sobre gostos, mas também sobre corpos e representações. “Os sentimentos são construções sociais. Essas músicas dizem como temos que amar." Linn fala sobre All you need is love - The Beatles, "Essa é uma construção social que está muito mais próxima de uns corpos do que de outros. E se eu for falar dos meus afetos, da forma como EU AMO, vai ser representado por uma forma diferente. E é isso que eu falo com representatividade. Eu não posso falar por todas essas pessoas da caixinha do LGBTQ. Essas pessoas não vivem o amor da mesma forma. Elas nem fodem da mesma forma.”“A minha existência é natural. Eu sinto ela. Ela foi DESNATURALIZADA por anos e anos de construção social.”Como transexual, Linn é constantemente bombardeada e questionada sobre sua própria feminilidade e passabilidade. “A mulher (em nossa sociedade) é uma criação voltada para o masculino, para o homem. Então ela não tem o direito de escolher o próprio corpo porque o que se espera dela é que ela exista para o homem. Se uma mulher cultiva qualidades viris, isso já não é natural a ela. Se ela é forte, não é natural.” Aliás, como transexual, Linn é constantemente bombardeada de todo lado. “Travesti não tem medo. Se eu tiver medo eu não saio de casa.”
Daniel AvilaSegundo um levantamento do Grupo Gay da Bahia, a expectativa de vida de travestis e transexuais no Brasil é de 35 anos, menos da metade da média nacional que é 75 anos. “É permitida a violência contra uma travesti. É permitido a violência contra um morador de rua. Nós não nos comovemos quando vemos esse tipo de violência acontecendo com esses corpos.” E isso se reflete no mundo da arte também. Num espaço onde gays também já estão conquistando um lugar de destaque, a música de Linn é agressiva porque é uma resposta. “As pessoas nos matam quando não querem que nossa arte esteja nos museus, que nossa música não tenha alcance, que nossos corpos não existam.""Eu tenho que deixar de ser eu para que OS OUTROS se sintam confortáveis.”
Daniel AvilaO evento que Linn se apresentou naquela mesma noite foi a festa de celebração do projeto Absolut Art Resistance. Desde 1980 a marca apoia artistas marginalizados pela sociedade (começando com ninguém menos que Andy Warhol). Os temas variaram muito nos últimos anos, partindo de questionamentos sobre racismo, direitos das mulheres e até a própria discussão do que é arte -- um debate mais vivo do que nunca na sociedade brasileira. Keith Haring, um dos principais artistas modernos no mundo, sofria preconceito por ser HIV positivo e usou sua arte para falar também das formas de prevenção, criando até uma fundação. Até hoje seus desenhos coloridos simbolizam a quebra de preconceitos.A versão 2017 desse projeto não poderia ter outra causa como foco. A música do clipe protagonizado por Linn possui uma letra que exige reflexão. Versos como “Estou procurando / Estou tentando entender / O que é que tem em mim que tanto incomoda você?” e “Olha aqui doutor que genial / Minha identidade? Nada a ver com genital” são um apanhado de outras letras de outras músicas de Linn, escolhidas a dedo para protagonizarem a campanha. A música foi produzida especialmente para o projeto e conta com os vocais trans da banda paulistana “As Bahias e a Cozinha Mineira”. Além do clipe e da festa de lançamento, a marca também deu um presente para a cidade de São Paulo. Assinada por Patrick Rigon e Renan Santos, a obra é um marco sobre resistência da cultura trans, com frases, rostos e até uma menção ao projeto do artista Ariel Nobre “Preciso dizer que te amo”.Instagram: @patrickrigon
Daniel AvilaDurante todo o evento, o clima era de festa e celebração total. “ESTAMOS VIVAS E ESSE MOMENTO É NOSSO” falava Linn em cima do palco. Da plateia, eu pude entender algo que ela me disse enquanto conversávamos de tarde: “Linn da Quebrada não sou apenas eu, é também minha banda e quem mais estiver comigo ali em cima.” Eu fiquei totalmente rendido durante sua apresentação, com mil questionamentos e muito maravilhado por tudo o que aprendi e conversei com ela. Eu realmente nunca conseguiria entender como é ser um ato político por simplesmente sair de casa. Nem como é ter que brigar pelo direito de ser dono do meu próprio corpo. Mas por uma tarde eu convivi, ouvi e aprendi com isso.
Daniel AvilaLinn me fez perceber que a arte e o artista são ferramentas realmente muito poderosas. Fazem com que as pessoas se sensibilizem com causas e entendam, lutas, resistências e situações que não são parte da vida delas. O importante é tentar fazer com que sejam. E isto é progresso.Com vocês, ABSOLUTAS.[img]data:image/png;base64,iVBORw0KGgoAAAANSUhEUgAAAFQAAAA7CAMAAADSF118AAAAP1BMVEUAAADIGxPOHBK5EwDFGhi5Fwi8GRTEGhe7EQDMHR7////vyMfddnm5Hx334+Py8fHdj5DLVVXnq6zJOTzVbG1s8SkwAAAACXRSTlMAv4Eo10JnqA8IHfydAAABJUlEQVRYw93Y64rCMBCG4czk5FSzdav3f63bDaxfV4Qm+AXR96/wMNj0kLhtPib9LcutYA8K+F1rKXqH4KmIPZVIOvwnszEqumFjMVLB3+YsRiv8zRqMWHa1ZNQiBuUV3Jo3cn5FlY3qimY2KitajB3+UmLRxRGovgmqTj4HXc69aN5Hj9PcyYqzfXSavk58tJMNTWgv24pW9kpE0fGbioKlomCZKNgLEUXLhYiiMx+dT+xJ8SxgoCDZ6EJcp7jsPBQLlIbiVmpEwy7aS1poeZ30PvqlAQVJRGeQtLfp1dBLPyb0bdDER+OYL2nHR7E34yUjtjw6ZMc3am/KXlSpoodCHrQWiWbxI85Q6Kc9pneHSCmHJ0VJGPPuAC3LWqO/OURL0aEfg76m8Izrt6EAAAAASUVORK5CYII=[/img]youtube.com
https://www.buzzfeed.com/absolutbrasil/passei-um-dia-com-a-linn-da-quebrada-e-foi-isso-que-eu?distro_platform=facebook&utm_term=.knnvr1rYd#.ruNrZ5Zdb
Nos Estados Unidos, cidade de Camarillo localizada no estado da California, uma atriz pornô foi encontrada morta a após ser atacada por justiceiros sociais pela internet.
Segundo a polícia, os indícios são de que houve um suicídio. August, a atriz, vinha sofrendo bullying virtual durante dias por uma declaração que fez em seu Twitter. Ela sofria de depressão e, pelo que parece, não suportou o linchamento.
Ela disse que a “maioria das garotas não gravam com homens que tenham feito filme pornô, por segurança”. Também declarou: “Eu não coloco meu corpo em risco. Eu não sei o que eles fazem em suas vidas privadas”. Foi o suficiente pra ser acusada de homofobia.
Seu último post antes de ser encontrada morta foi: “f***-se vocês todos”.
https://www.ceticismopolitico.org/atriz-porno-e-encontrada-morta-apos-ser-falsamente-acusada-de-homofobia-suspeita-e-de-suicidio/
Quem leva adiante esse tipo de análise desrespeita Bruno Gagliasso, Taís Araújo e, principalmente, a pequena Titi, filha do ator global, que foi atacada publicamente pela socialite Day McCarthy.
Os millennials querem combater o racismo analisando a cor da pele das vítimas de racismo. É a linguiça mordendo o cachorro em conexão ultrarrápida.
http://teleguiado.com/internet/2017/11/buzzfeed-fiscaliza-cor-da-pele-de-quem-denuncia-o-racismo.html
Manifestantes na Marcha da Consciência Negra no último dia 20 de novembro
ANTONIO RISÉRIO
16/12/2017 06h00Compartilhar10 mil
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RESUMO No dia 20 de novembro, na avenida Paulista, manifestantes negros carregaram faixa com os dizeres 'miscigenação é genocídio'. Para antropólogo, trata-se de retorno a noções racistas anacrônicas (utilizadas pelos brancos no século 19) e pregação explícita em favor de um apartheid amoroso-sexual no Brasil.*O mulato Abdias do Nascimento —que caminhou do fascismo integralista para o racialismo "made in USA"— era um homem preconceituoso. Basta ver a estranha seletividade com que, apesar de sua filiação à mestiçagem tristetropical brasileira, ele usa a própria palavra "mulato".Quando quer fazer o elogio de algum mestiço de branco e preto, Abdias chama-o "negro". Mas, quando quer execrar o sujeito, trata-o como "mulato" (muito embora, em seu discurso geral, faça de conta que o mulato não existe).Assim, nos seus textos e palestras, o mulato Luiz Gama, filho de branco baiano de origem portuguesa e da preta Luiza Mahin, era "negro". Já o mulato capitão-do-mato ou feitor, não: era "mulato" mesmo.Pois bem. Descende diretamente do velho guru Abdias do Nascimento (1914-2011) o slogan racialista exibido em manifestação na avenida Paulista, no dia 20 de novembro, pelos ativistas dos movimentos negros: "Miscigenação também é genocídio" —pregação explícita em favor da implantação de um apartheid amoroso-sexual no país.Diante da afirmação slogamática, aliás, ficam menores outros debates, como os estéticos, quando, depois que conseguimos atirar fora a praga do "realismo socialista", querem nos aprisionar no cárcere do "realismo racialista". E um filme como "Vazante" (Daniela Thomas) acabou pagando o pato recentemente, nesse "revival" rácico-stalinista.Agora, com o combate à miscigenação à frente, o lance é mais grave: passa-se do "lugar de fala" ao "lugar de cama".Marcha da Consciência Negra na Avenida Paulista4 de 13
Zanone Fraissat/Folhapress
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[url=javascript:void(0)]Anterior[/url][url=javascript:void(0)]Próxima[/url]Mas vamos puxar o fio da meada. Em "O Genocídio do Negro Brasileiro" (1978), bíblia do nosso racialismo essencialmente colonizado, um Abdias confuso e sectário monta duas sequências. Numa, encadeia mestiçagem, branqueamento e alienação da identidade negra. Noutra, amarra miscigenação, branqueamento e aniquilação da raça negra.Neste segundo caso, Abdias vê a mestiçagem/miscigenação como estratégia de extermínio da população negra: "(...) o mulato prestou serviços importantes à classe dominante; durante a escravidão ele foi capitão-do-mato, feitor (...). Nele se concentraram as esperanças de conjurar a 'ameaça racial' representada pelos africanos. E estabelecendo o tipo mulato como o primeiro degrau na escada da branquificação sistemática do povo brasileiro, ele é o marco que assinala o início da liquidação da raça negra no Brasil".E ainda, como se nunca tivesse se olhado no espelho: "O processo de miscigenação, fundamentado na exploração sexual da negra, foi erguido como um fenômeno de puro e simples genocídio. (...) Com o crescimento da população mulata, a raça negra iria desaparecendo sob a coação do progressivo clareamento da população do país".ANACRONISMOComo argumentei em "A Utopia Brasileira e os Movimentos Negros" (2007), é uma visão unilateral e anacrônica, para dizer o mínimo. Tanto do ponto de vista histórico, quanto do genético. Por várias razões. Afinal, quem quer que conheça a história de nosso passado escravista sabe que mulatos não foram somente capitães-do-mato ou feitores.Muito pelo contrário: participaram de rebeliões contra a elite senhorial branca, criaram (e viveram em) quilombos e, entre outras coisas, formaram a liderança da Revolução dos Alfaiates (1798), centrada na luta contra a escravidão e o colonialismo —liderança que foi presa e enforcada em praça pública.Além disso, não só a miscigenação não é —nem pode ser— um processo unilateralmente embranquecedor, como tal projeto de branquear a população foi coisa datada e exclusiva da classe dirigente —e nossa vida social e cultural aconteceu, em sua maior medida, à revelia do Estado e dessa classe.Por fim, é mais do que anacrônica a suposição de Abdias que sustenta o feminismo negro. A mestiçagem, hoje em dia, não pode mais ser vista como violência contra a mulher negra.Primeiro, porque temos uniões de homens pretos com mulheres brancas. Segundo, porque a união ou o casamento de um homem branco com uma mulher preta não se dá mais sem seu assentimento, cumplicidade ou mesmo iniciativa. Melhor não falsear a realidade com discursos "historicistas".Mas é impressionante, paradoxal mesmo, ver como a atual ideologia racialista, que se alastrou pelo país a partir principalmente do ambiente acadêmico, repete ao pé da letra a velha miragem do "racismo científico" do século 19, que acreditava na fantasia de uma desigualdade essencial e insuperável entre as raças. Naquela época, os teóricos do "racismo científico" defenderam a tese totalmente sem pé nem cabeça (que agora vemos retomada) de que era possível branquear a população brasileira através da imigração e da miscigenação, já que neste processo prevaleceriam sempre os genes da "raça superior" —a branca, naturalmente.Em "Sur les Métis au Brésil" (sobre os mestiços do Brasil), texto apresentado em 1911 no primeiro Congresso Internacional das Raças, realizado em Londres, o antropólogo Batista de Lacerda, do Museu Nacional, chegou até a fazer suas contas na ponta do lápis. Segundo ele, o branqueamento do povo brasileiro estaria concluído na segunda década do século 21.E sempre que recordo isso, lembro também uma deliciosa boutade do mestiço brasileiro Chico Buarque de Hollanda, falando da obrigação em que estávamos de promover o casamento do goleiro Taffarel e da apresentadora Xuxa, a fim de tentar evitar a extinção da raça branca no Brasil.ATAQUESAgora, como disse, os racialistas repetem o dogma que se revelou um fracasso histórico espetacular. E adiantam outros passos esdrúxulos, desde que a paranoia político-social tem seus próprios desenhos e suas próprias regras.Com medo de um branqueamento final e total do povo brasileiro, essa turma parte para o ataque pesado. Dispara chumbo grosso contra relações amorosas e sexuais que envolvam pretos e brancos. E não é de hoje. Já na década de 1970 esse discurso tinha aflorado com nitidez.O próprio Abdias do Nascimento, que nunca olhava para si mesmo nem discutia seu próprio cotidiano, era discreta mas severamente criticado por diversos ativistas político-acadêmicos do movimento negro, em consequência do seu casamento com uma branca americana, Elisa Larkin, autora do livro (bem ruinzinho, por sinal) "Pan-Africanismo na América do Sul: Emergência de uma Rebelião Negra" (1981).E Abdias, embora defendesse a tese estapafúrdia de que miscigenação era genocídio, nunca se deu ao trabalho de analisar o seu caso pessoal. Sempre fez de conta que não ostentava uma ancestralidade mista —birracial, no mínimo— e que não vivia com a mulher que vivia. Mas vamos deixá-lo de parte por ora.O que quero salientar é o ponto a que chegaram nossos atuais "neonegros" (vale dizer, mulatos que sempre foram mulatos e hoje se apresentam como pretos retintos). Já faz tempo que, em seu afã de combater a mescla interracial, vêm falando de um tal de "amor afrocentrado", rótulo ideológico que mais não é do que um eufemismo para a segregação erótica.Tem mais. Uma coisa é o fenômeno objetivo da mistura genética, outra coisa são as ideologias da mestiçagem.No passado, a mestiçagem brasileira ganhou leituras mistificadoras, senhoriais. Para se contrapor a isso, muitos cometeram um equívoco primário: em vez de rediscutir em profundidade a questão, resolveram eliminá-la, como um sujeito que, ao fechar a janela, acredita que a rua deixou de existir.Mas continuamos mestiços. E a mestiçagem não é indestacável da fantasia da democracia racial. Recusar-se a usar a noção é como se recusar a falar de raça por causa do uso que os nazistas fizeram do conceito, combatendo ferozmente, aliás, a mestiçagem. Se não entendermos nossas misturas, nunca entenderemos a nós mesmos.E é bom sublinhar que mestiçagem não é sinônimo de harmonia. Não exclui o conflito, nem a discriminação. A melhor prova disso é o Brasil. Aqui, uma coisa é certa. Não pode existir delírio ideológico maior, entre nós, do que fantasiar a inexistência de mestiços. Mestiços nascem diariamente de uma ponta a outra do país.Mas vamos finalizar. Se a mestiçagem diminui a população negra, também diminui a população branca. É curioso que "racistas científicos" e racialistas atuais acreditem no contrário, que a miscigenação branqueia, mas não escurece. A verdade é que o processo biológico não é (nem poderia ser) de mão única, privilegiando magicamente os brancos.Um estudioso negroafricano menos delirante, Kabengele Munanga, em "Rediscutindo a Mestiçagem no Brasil" (1999), vai ao ponto: "(...) a realidade empírica, crua, observada por todos, é a de que o Brasil constitui o país mais colorido do mundo racialmente (...). Fica insustentável a crença no aniquilamento do contingente negro, por um lado, e no branqueamento completo de toda a população brasileira, por outro (...). O colorido da população desmente as previsões do modelo".Claro. A verdade é que, se um dia não houver nenhum negro no Brasil, também não haverá nenhum branco. E assim me vejo na obrigação de repetir aqui uma observação (óbvia) que já fiz inúmeras vezes: se for pelo caminho da miscigenação, o genocídio do negro será inseparável do suicídio do branco.
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2017/12/1943569-movimentos-negros-repetem-logica-do-racismo-cientifico-diz-antropologo.shtml?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=compfb
Lembro que numa reportagem do fantástico (anos 80) sobre o corpo humano, mostraram uma ginasta saltando nas barras e o locutor disse "Que beleza o corpo do homem".
Minha prima perguntou "e porque ele não fala no corpo da mulher?"
Minha tia respondeu "é que nesse caso ele já está falando dos dois sexos."
Pronto! Não houve nenhuma guerra em casa sobre o assunto.
Então é REGRA mesmo da lingua portuguesa usar sempre o masculino ou estou equivocado?
https://www.revistaforum.com.br/2018/01/10/defendemos-liberdade-de-importunar-indispensavel-liberdade-sexual-leia-traducao-do-manifesto-de-intelectuais-e-artistas-francesas/
Pesquisador do Grupo Gay da BahiaA maioria das vítimas (162) tem entre 19 e 30 anos. Vinte e seis mortos nem chegaram a completar 18. Apedrejamento, asfixia e espancamento estão entre algumas das causas. Acostumado a lidar, dia a dia, com os mais diversos casos, Eduardo diz que ainda se choca com a brutalidade dos crimes: “Um rapaz teve a cabeça cortada e os assassinos levaram seus olhos. A maioria das vítimas são garotos jovens e pobres. É um total desvalor da vida. Acham que ser homossexual é pecado, que ele deve ser banido da sociedade. É um ódio fascista que os homofóbicos têm e que descontam, infelizmente, nos LGBTs”.Ódio esse que Eduardo também sentiu na própria pele, no ano passado. Ele conta que ouviu de antigos vizinhos que a vila onde morava “não é lugar de gay”. Segundo o militante, ele e o marido, Flavio Miceli, de 60 anos, foram espancados por cerca de 20 pessoas durante uma festa no local.A dor de quem ficaCarlos Hestefânia, 38 anos, entrou para os dados levantados por Eduardo Michels. Ele é um dos 13 homens trans mortos em 2017 por motivação transfóbica. Carlos foi encontrado caído em uma poça de sangue, com os dois braços quebrados, apenas dois dentes na boca e com convulsões, devido a um traumatismo craniano. O crime aconteceu em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, em agosto. Três meses depois, Carlos morreu no hospital e deixou um filho de 7 anos.O #Colabora conversou com a irmã de Carlos. Ainda abalada, Elen Santos, de 41 anos, está de malas prontas para o interior de São Paulo. “Não consigo mais viver no Rio. Não tive Natal, não tive Ano Novo. Tudo aqui me lembra ele. Eu perdi metade da minha alma”, se emociona. De acordo com a jornalista, o irmão passou a ser vítima de injúrias a partir do momento em que se assumiu como trans. Ela conta que Carlos chegou a ser impedido de entrar na sua antiga casa, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, algumas vezes por causa do preconceito e, por isso, decidiu se mudar para Duque de Caxias, onde também não encontrou paz. Elen Santos
Irmã de Carlos, morto no ano passado“Recebi, de forma anônima, mensagens e ligações de vizinhos relatando as ofensas que ele sofreu. ‘O seu lugar não é aqui, aqui é lugar de família, não de aberrações’. Era isso que ele ouvia lá. As pessoas se incomodavam pelo simples fato dele ser um homem trans. Ficou bem claro para mim que a motivação foi essa”. Já no hospital, a irmã relata que Carlos revivia as agressões sofridas e sempre que sentia a presença de alguém do sexo masculino, se exaltava: “Ficava inquieto e não parava de repetir: ‘Estou cansado. Nunca fiz nada contra você. Eu não tenho raiva de você, não sou um monstro, sou um ser humano. Me solta’. Até o grito final, pedindo: ‘Socorro'”.Os três principais suspeitos fugiram. “Quando meu irmão me contou que era trans, ele chorou muito e disse: ‘As pessoas não vão me aceitar, eu tenho medo de andar na rua’. Ele perdeu a vida por ele ser quem ele era, por querer ser respeitado desse jeito. E eu? Eu estou morrendo todos os dias. O coração bom dele foi o que o matou. E naquela poça de sangue, ficou metade do meu”, compartilha.Como explicar o ódio?Na busca por justiça, Elen conta com a ajuda de Maria Eduarda Aguiar, primeira advogada trans a conseguir a carteira da OAB com nome social. A profissional faz parte do ‘Grupo pela Vidda’, ONG que presta assessoria jurídica gratuita à comunidade LGBT. “Me sensibilizei muito com essa história. Mas fora essa, são vários os outros casos que recebo. Os mais comuns são agressões motivadas por homofobia e transfobia, além de injúrias e crimes de internet com motivação homofóbica”, detalha.Foto feita por Jonathan Ribeiro dentro de ônibus em São Paulo em dezembro de 2017. Afinal, como explicar o aumento da intolerância? (Foto: Jonathan Ribeiro)Maria Eduarda não tem dúvidas quando questionada sobre as motivações do aumento de crimes contra LGBTs no país. “Grupos de extrema direita provocam pânico social na internet criando fobias. Difamações contra LGBTs proeminentes são constantes. A ausência de leis específicas e o aumento de discursos de ódio com fins políticos e eleitoreiros também, a meu ver, são causadores desse aumento. Precisamos levar a discussão de gênero nas escolas para que ensinando nossos jovens possamos ter cidadãos mais humanizados“, acredita.Para Eduardo Michels, do Grupo Gay da Bahia, a resposta vem também da propagação dos grupos religiosos mais extremistas na política e na sociedade. “O aumento dos casos está diretamente ligado ao crescimento das religiões evangélicas no Brasil, sobretudo as neopentecostais, juntamente com o avanço das bancadas religiosas no Congresso. As igrejas usam a homofobia com respaldo na visão de religião que eles têm e, assim, esses conflitos aumentam a homofobia social e cultural existente no Brasil. Já as bancadas religiosas, se utilizam da questão como cortina de fumaça, para encobrir a bandidagem e ganhar visibilidade na política. Eles se colocam como defensores da moral e dos bons costumes, quando na verdade é o contrário”, afirma.“Toda essa polarização de esquerda e direita criou uma imagem que nós, LGBTs, queremos destruir o modelo de ‘vida hétero’, quando, na verdade, apenas lutamos para ter o direito de existir”, finaliza a advogada Maria Eduarda. Tags:gay, Homofobia, homotransfobia, LGBTs, preconceito, violência,,,,,Escrito por Yuri FernandesFormado em Jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora, é mineiro de Ipatinga. Sempre sonhou em morar no Rio de Janeiro e realizou seu desejo em 2014 ao passar para o programa de estágio da TV Globo. Trabalhou nas redações do "Bom Dia Brasil", do "Jornal Nacional" e do "EGO". Tem grande interesse em pautas de inclusão social e diversidade de gênero. Acredita que o jornalismo pode e deve ser usado como forma de combater a opressão a minorias. Cresceu vendo novelas e sempre manteve essa paixão viva.
https://projetocolabora.com.br/inclusao-social/homotransfobia-445-mortos-em-2017/?utm_content=buffere2ce5&utm_medium=social&utm_source=facebook.com&utm_campaign=buffer
A Aliança Gay e Lésbica contra a Difamação (GLAAD), divulgou na sexta-feira (19) a lista de indicados a premiação este ano, que busca reconhecer os programas na TV e no Cinema que valorizem e representem a causa LGBT para a cultura.
Em 2018, a organização indicou na categoria Melhor Série Infantil duas animações, Steven Universo e The Loud House, como programas excepcionais. No ano passado, a série animada do Cartoon Network foi indicada na categoria “Melhor Série de Comédia”. Na mesma categoria competem também Andi Mack, Danger & Eggs e Doutora Brinquedo.
Em sua 29ª edição, o GLAAD Media Awards acontecerá em duas cerimônias, em 12 de abril e 5 de maio.
http://anmtv.xpg.com.br/steven-universo-e-indicado-a-premio-lgbt/
Eu vou contar um segredo: tem uma coisa que a NASA odeia mais do que Desmontagens Rápidas Não-Programadas de foguetes: são escândalos. Imagine todos aqueles nerds certinhos tendo que lidar com barracos típicos de um bom cortiço. Eles tremem.
E aí não perdoam ninguém. No vôo da Apollo 15 os astronautas levaram 398 cartões de selos postais que seriam revendidos, e não avisaram ninguém. Quando a NASA soube fez um escândalo, a coisa chegou no Congresso e foram investigados pelo Departamento de Justiça. A conclusão foi que não fizeram nada ilegal mas violaram regras da NASA.
David Scott, comandante da missão estava treinando para o vôo Apollo-Soyuz, nunca mais voou. Alfred Worden foi transferido pra uma posição burocrática e James Irwin foi gentilmente convencido a dar baixa da Força Aérea e a se demitir da NASA.
Por causa de pedaços de papel.
Sempre que possível eles tentam resolver os problemas com astronautas internamente, só que agora essa postura saiu pela culatra. Jeanette Epps é engenheira aeroespacial e astronauta. Seu primeiro vôo estava marcado para meados de 2018, mas subitamente ela foi retirada da escala, e substituída por Serena M. Auñón-Chancellor.
Mudanças de última hora acontecem, mas são bem raras, em geral envolvem problemas de saúde ou decisões pessoais, em comum sempre a NASA não comenta. Só há um problema: Jeanette é negra.
Em tempos politicamente corretos, qualquer decisão envolvendo minorias sofre duplo escrutínio, por mais que uma engenheira aeroespacial da NASA não seja o que eu considere “minoria oprimida”.
Ela não está falando sobre o caso, mas seu irmão criou uma petição online (isso sim vai resolver!) acusando a NASA de racismo, dizendo que Jeanette está lutando contra racismo e misoginia dentro da NASA e por isso está sendo punida.
Que a NASA já foi extremamente racista não é novidade, nem precisa assistir Hidden Figures pra entender isso (mas assista de qualquer jeito), mas partindo do princípio que a Dra Mae Jamison voou no ônibus espacial em 1992 (e na USS Enterprise em 1993), acho que a NASA já aceitou a idéia de astronautas negras.
Essa história ainda vai dar muito pano pra manga, e pior: fará com que a NASA pense duas vezes antes de escalar astronautas que façam parte de alguma minoria, pois se toda decisão técnica for questionada com acusações de racismo e revertida com petições, vai ficar difícil gerenciar uma agência espacial assim.
http://meiobit.com/378989/pepino-espacial-a-nasa-cancela-missao-de-astronauta-negra-e-e-acusada-de-racismo/
O Planeta dos birutas
O que as mulheres fazem para driblar o machismo em games online?
Trocar de "nickname", ignorar ou bloquear uma avalanche de jogadores desrespeitosos e ter a obrigação de mandar bem em todas as partidas. Essas são algumas das condições adicionais que as mulheres enfrentam para tentar jogar em paz e driblar o machismo que prevalece, de maneira bem ofensiva e às claras, em games online.
O G1 conversou sobre o assunto com jogadoras de "Counter-Strike: Global Offensive", "League of Legends" e outros títulos na Campus Party 2018, evento de tecnologia que aconteceu em São Paulo até domingo (4). Assista ao vídeo acima.
Elas afirmam que a realidade feminina em games online pode ser resumida em duas reações extremas por parte dos homens:
A desqualificação da habilidade e do próprio direito de jogar, com espaço para xingamentos e recados como "seu lugar é na cozinha";
O tratamento meloso, em tom de paquera, como se toda mulher estivesse em um game online para arranjar um parceiro e não para simplesmente jogar.
A questão também foi tema de uma campanha que viralizou na internet. Em defesa do direito da mulher poder usar o "nickname" (ou apelido) que quiser em partidas online sem ser incomodada, a ONG Wonder Women Tech convidou homens a jogarem com nomes femininos e filmarem as reações de outros jogadores. O resultado pode ser visto aqui.
A designer Helena Simões, de 30 anos, jogou por muito tempo o game "Ragnarök Online", RPG que foi fenômeno nos anos 2000. Ela começou usando um apelido e um personagem do sexo feminino, mas o assédio era tão comum que acabou abdicando da sua representação em troca de uma neutra, que não trazia tanto incômodo.
"É só revelar que você é mulher que começa o 'sai daqui', 'não sabe jogar', 'noob', 'vai estragar a equipe'", ela diz.
"Uns perguntavam da onde eu era, se tinha namorado, coisas que não têm nada a ver com o jogo. Outros falavam que eu só conseguia pontos porque me davam itens. Eles duvidam de você o tempo todo. Se você ganha é por sorte, não pelo seu mérito. É muito difícil", conta.